Sistema Produtor Mauro Borges é inaugurado hoje
O sistema foi projetado para garantir o fornecimento de água tratada para a população da capital e Região Metropolitana até o ano de 2040 e para atender aproximadamente três milhões de pessoas
O maior complexo de
abastecimento de água da Região Centro-Oeste será inaugurado na manhã de hoje (19) pelo Governo
de Goiás. Trata-se do Sistema Produtor Mauro Borges, projetado para garantir o
fornecimento de água tratada para a população da capital e Região Metropolitana
até o ano de 2040 e projetado para atender aproximadamente três milhões de
pessoas.
O Sistema Produtor Mauro Borges, está localizado na
Estação de Tratamento de Água Governador Mauro Borges, situada no Jardim
Guanabara, na região Norte da Capital.
Parte do sistema já está em
funcionamento
Uma Estação de Tratamento de
Água (ETA) que integra o complexo do Sistema Produtor Mauro Borges, entrou em
funcionamento no dia último dia 9, com a finalidade de complementar a produção
de água tratada para Goiânia e região metropolitana. Quarenta e um bairros, que
antes eram atendidos pelo Sistema Meia Ponte, hoje já recebem um aporte na
oferta de água que corresponde a 1000 litros por segundo, advindos da nova Estação.
A ação antecipada, que ocorreu em caráter de emergência, teve como objetivo
minimizar os problemas decorrentes do déficit no abastecimento, causados pela
escassez de chuvas em Goiás.
Neste primeiro momento, a
água captada na barragem do Reservatório do Ribeirão João Leite – que armazena
até 130 bilhões de litros de água numa área de 1040 hectares- é tratada e
distribuída, chegando diretamente às torneiras de cerca de 600 mil pessoas em
Goiânia.
São atendidos,
imediatamente, setores como Jardim Guanabara, Negrão de Lima, e o condomínio
horizontal Aldeia do Vale. Uma segunda interligação deverá ocorrer até o final
do mês de setembro, atendendo outros 70 bairros da Capital. Com isso, a
tendência é que a água disponível no Meia Ponte seja suficiente para atender
até mesmo as regiões mais distantes.
Desafio
O Sistema Mauro Borges
inicia as atividades com a vazão de quatro mil litros por segundo. O desafio é
estender esses quatro mil litros por segundo para a Grande Goiânia. Aos poucos,
o Rio Meia Ponte, que abastece mais da metade d a capital, com 2,3 mil litros
por segundo, – será destinado também ao abastecimento das cidades de Trindade e
Goianira, com o remanejamento de uma vazão excedente de 680 l/s. Parte dos
municípios já é abastecida hoje por esse manancial.
O Sistema Mauro Borges até
2040, deverá ter dobrada sua vazão atual, alcançando a marca de oito mil litros
de água por segundo, para atender a três milhões de pessoas na Região
Metropolitana de Goiânia, (projeção do número de habitantes da capital neste
período).
O governo estadual, em
parceria com o federal e organismos financeiros internacionais, investiu, cerca
de um bilhão de reais na obra, que fora realizada em duas etapas. A primeira,
iniciada em 2002, foi a construção da Barragem do Ribeirão João Leite (afluente
do Rio Meia Ponte e manancial de abastecimento). A segunda etapa, também já em
funcionamento desde dezembro de 2016, compreende a Estação Elevatória de Água
Bruta, a Estação de Tratamento de Água e milhares de metros de adutoras e redes
de distribuição.
Meta para 2018
Para o presidente da
Saneago, Jalles Fontoura, ainda há muito trabalho pela frente. “É um programa
ambicioso, ousado, em que a Saneago vai investir nos 246 municípios goianos. Os
principais investimentos são: o Linhão Gyn Apa, no valor de R$ 178 milhões, que
vai levar a água tratada na ETA Mauro Borges, em Goiânia, para Aparecida de
Goiânia; a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Hélio de Brito,
em Goiânia, no valor de 80 milhões; os R$ 118 milhões para Anápolis; mais de R$
100 milhões para os sistemas de Corumbá e Águas Lindas, no Entorno de Brasília.
Além de alguns investimentos menores, em mais de 100 municípios, que darão
funcionalidade aos sistemas, cujos investimentos já foram iniciados. A meta é
completar 80% de cobertura de esgoto até 2018 e atingir os 100% de água também,
nesse período”, ressalta Jalles Fontoura.