Com uma população canina e felina estimada em 1,23 milhões de
animais no Estado de Goiás, o Ministério da Saúde espera imunizar 80% deles na próxima Campanha de
Vacinação contra a Raiva 2017. A ação ocorre neste sábado (23) e está sendo
organizada pela Coordenação Estadual de Zoonoses da Superintendência de
Vigilância em Saúde (SUVISA/SES-GO). Em agosto deste ano, as doses da vacina
para aplicação nas mesmas espécies foram distribuídas na zona rural.

No dia “D” da Campanha serão instalados postos de
vacinação em centros de saúde, escolas estaduais e municipais, centros
comunitários, pet shops, clínicas veterinárias, lojas de produtos
agropecuários, entre outros pontos com grande fluxo de pessoas. O horário de atendimento
nos postos começa às 8h e termina às 17h.

A expectativa é que 20 mil profissionais das Secretarias
Municipais e Estadual de Saúde trabalhem, direta ou indiretamente, nos 6 mil postos espalhados em
todo o Estado. A campanha visa prioritariamente prevenir a raiva humana, por
intermédio da vacinação antirrábica dos cães e gatos.

O controle da doença é fundamental para a eliminação de casos
em humanos, já que os animais estão entre os principais transmissores. A última
notificação da doença transmitida pela variante 2 (canina), ocorreu em 2001. Já
o último caso de raiva canina foi registrado em 2002.

A doença

A raiva humana é uma doença causada por um vírus,
extremamente grave, com letalidade próxima a 100%. A patologia pode ser
transmitida aos seres humanos por meio de mordedura, lambedura ou arranhadura
em mucosa ou pele lesionada.

Além de cães e gatos, bovinos, equinos, suínos, macacos e
morcegos, os animais silvestres também podem transmitir esta enfermidade, sendo
reservatório primário para a raiva na maior parte do mundo. Entretanto, os
animais domésticos são as principais fontes de transmissão para os humanos. Nos
animais de companhia, esta transmissão está controlada desde 2002.

Os sinais e sintomas nos animais podem incluir alterações de
comportamento, depressão ou agressão, dilatação da pupila, fotofobia, falta de
coordenação muscular, mordidas no ar, salivação excessiva, dificuldade para
engolir devido à paralisia da mandíbula, déficit múltiplo de nervos cranianos,
falta de coordenação dos movimentos (ataxia) e perda dos movimentos dos músculos
(paresia) dos membros posteriores progredindo para paralisia. Os sinais
apresentados e a evolução da doença variam entre as espécies animais. 

Foto: Reprodução