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domingo, 24 de novembro de 2024
Crescimento

Estudo do Ipea vê recuperação gradual da economia

Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais revela crescimento de 64% dos segmentos da economia em julho

Postado em 25 de setembro de 2017 por Victor Pimenta
Estudo do Ipea vê recuperação gradual da economia
Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais revela crescimento de 64% dos segmentos da economia em julho

A Carta de Conjuntura que o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) está disponibilizando hoje (25) indica que o “bom desempenho
nos indicadores mensais de atividade em 2017 mostra uma recuperação gradual da
economia”. Números do Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais
revelam crescimento bastante disseminado para 64% dos segmentos da economia
brasileira em julho.

O Indicador Ipea de Produção Industrial é uma prévia do
indicador da Produção Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Ele registra, em agosto, alta de 0,2%,
resultado ainda melhor quando a comparação se dá com o mesmo mês de 2016, com a
expansão chegando a 5,3%.

O Indicador Ipea de Comércio, por exemplo, uma prévia da
Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), também do IBGE, teve resultados positivos e
aponta novo crescimento de 2,6% nas vendas no varejo de agosto. “Esses
primeiros sinais de recuperação do mercado doméstico, cruzados com outros
indicadores e avaliação do cenário, melhoram as perspectivas por
investimentos”, avalia o Ipea.

Na mesma direção, o Indicador Ipea de Formação Bruta de
Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos, acusou alta de 1,1% em julho na
comparação com junho.

Já o Indicador Ipea de PIB Agropecuário acumulou avanço de
14,8% nos primeiros sete meses do ano, em relação ao mesmo período de 2016, e
foi o destaque entre os setores produtivos. O Ipea ressalta, porém, que, como
grande parte da colheita concentra-se no primeiro semestre, sua contribuição
positiva para a economia deve se reduzir até o fim do ano.

Em julho, o Indicador Ipea de PIB (Produto Interno Bruto – a
soma de todas as riquezas produzidas no país) Agropecuário projetou
estabilidade, embora em relação ao mesmo período de 2016 tenha crescido 13,5%.

Segundo o Ipea, “seus efeitos indiretos seguem influenciando
positivamente a economia, seja mediante o aumento dos investimentos agrícolas,
seja pela elevação no poder aquisitivo da renda das famílias, por meio do
relaxamento nos preços dos alimentos”.

Ocupação

Na avaliação da Carta de Conjuntura, os sinais recentes de
melhora da demanda doméstica podem ser explicados pelo aumento dos níveis de
ocupação no mercado de trabalho nos últimos meses, pela recuperação do poder de
compra, pela redução das taxas de juros e pela liberação dos recursos do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Na avaliação do Ipea, a boa evolução dos indicadores não
elevou solidamente o nível de confiança de empresários da indústria de
transformação e construção, comércio e serviço, assim como dos consumidores.

De acordo com a análise do Grupo de Conjuntura, as maiores
condicionantes para este ambiente permanecer no médio e longo prazos são as
questões de natureza fiscal.

Leonardo Mello de Carvalho, técnico do Grupo de Conjuntura
Ipea, ressalta, porém, que embora as questões de natureza fiscal ainda
permaneçam como condicionantes da trajetória de médio e longo prazo, “o bom
desempenho observado nos índices mensais de atividade ao longo de 2017
corrobora o diagnóstico de recuperação gradual da economia”.

Segundo ele, a alta de 0,2% na margem, se configurada, será a
quinta elevação consecutiva. Na comparação interanual, a previsão também é de
crescimento com expansão prevista de 5,3% sobre agosto de 2016. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução)

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