A Base Aérea de Anápolis pode ser a ponte para a instalação, na cidade, de um polo de defesa e tecnologia aérea. O assunto foi discutido nesta semana, em Brasília, entre o governador Marconi Perillo (PSDB), o prefeito Roberto Naves (PTB) e o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Marconi busca investimentos para a concretização do empreendimento em Goiás. Na reunião, a comitiva do Estado, integrada também por empresários e outras lideranças políticas, buscou sensibilizar Jungmann apresentando ao ministro o potencial de Anápolis para receber o polo estratégico.

Marconi e os demais representantes de Goiás apresentaram ao ministro Jungmann vídeos com as principais obras de infraestrutura que, segundo o governo estadual, viabilizam a instalação da unidade em Anápolis. O aeroporto de cargas esteve em pauta. O governador esclareceu o andamento das obras de conclusão do terminal. Marconi lembrou ainda do Porto Seco e de sua capacidade para a operação de indústrias dos setores automobilístico, farmacêutico e de processamento de grãos, por exemplo. “Mostramos o que Anápolis representa do ponto de vista de logística, de infraestrutura e de possibilidades para o Brasil”, sintetizou o governador.

Depois de operar por décadas com os caças franceses Mirage 2000, a Base Aérea de Anápolis faz adequações para receber, da Suécia, 36 jatos Gripen NG, em aquisição pela Força Aérea Brasileira (FAB). O governador Marconi Perillo frisou que, considerando essa inovação tecnológica, dispõe de todas as condições para receber o empreendimento. “Nós temos tudo para consolidar Anápolis como esse polo de defesa”, avaliou.

A própria logística de manutenção dos futuros caças está nos planos do governo. Marconi quer fazer uso das novas tecnologias para munir a indústria aeronáutica goiana de mais peças, serviços e mão de obra especializada. Segundo o governador, a intenção é de atrair novos projetos tecnológicos para o Estado, se valendo da proximidade e da posição estratégica de Anápolis e Goiânia. (Allan David)