Boletim Sífilis 2017 aponta aumento de 453% de casos em Goiás
Mobilização de cunho orientativo será realizada por técnicos da SES-GO no dia 19 de outubro, no Buriti Shopping, das 10h às 16h
Apesar de todo o trabalho de prevenção às Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DSTs), constatou-se, entre 2013 e 2016, um aumento de 453% de
sífilis adquirida, 31% de sífilis em gestantes e 107% de sífilis congênita em
Goiás. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) divulgados no
Boletim Epidemiológico da Sífilis. As informações têm como base os casos
notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan),
atualizados em série histórica até 30 de junho deste ano e detalhados segundo
variáveis selecionadas.
Os dados são preocupantes e a SES lança uma campanha de mídia
para orientar a população para o uso de preservativos e sexo seguro, além de
informações sobre o tratamento em tempo oportuno, o que evita a propagação da
doença. No dia 21 de outubro é comemorado o Dia Nacional de Combate a Sífilis e
uma mobilização de cunho orientativo será realizada por técnicos da SES-GO no
dia 19 no Buriti Shopping, das 10h às 16h.
O combate à sífilis tem mobilizado as seguintes ações:
capacitação em testagem rápida para sífilis na atenção básica e nas
maternidades, visando o diagnóstico oportuno; capacitação no manejo clínico da
sífilis para as regiões de saúde e instituição do comitê estadual de
investigação de transmissão vertical de sífilis. Dentre as causas do aumento
estão, por exemplo, falhas no pré-natal, falta de adesão ao tratamento
especialmente por parte dos parceiros homens, diagnóstico tardio ou tratamento
inadequado.
A doença
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, contagiosa,
caracterizada por cancros ou lesões nas regiões genitais e que pode apresentar
sintomas variáveis e graus de gravidade, conforme a exposição de cada
indivíduo. É causada pela bactéria Treponema pallidum que tanto pode ficar
latente no organismo – sem muitos sintomas – como também, nas pessoas
reinfestadas, levar a quadros mais graves de adoecimento.
A doença pode ser transmitida pela gestação da mãe ao filho,
com sérias repercussões à saúde das crianças com ocorrência de consequências
como cegueira, malformações e microcefalia. Por outro lado, a sífilis tem cura
e tratamento, desde que o diagnóstico seja feito o quanto antes e os parceiros
envolvidos sejam tratados.
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