‘Coreia do Norte não é um Estado nuclear’
Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, diz que seu país não irá desenvolver armas nucleares
A Coreia do Sul nunca irá tolerar a Coreia do Norte como um Estado nuclear, e Seul também não desenvolverá armas nucleares, afirmou ontem o presidente sul-coreano, Moon Jae-in. A informação é da Agência Reuters.
A crise nuclear da Coreia do Norte será o centro das atenções no fim desta semana, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começar uma viagem à Ásia. A diplomacia tem sido reforçada como preparação para a visita.
Uma série de testes de armas por parte do regime norte-coreano e uma sequência de declarações cada vez mais tensas entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, nos últimos meses, despertou temores sobre um possível conflito armado.
Falando ao Parlamento sul-coreano, Moon Jae-in disse que não pode haver qualquer ação militar na Península Coreana sem o consentimento de Seul, acrescentando que seu governo continuará a trabalhar pela paz na região.
“De acordo com declaração conjunta de desnuclearização pelas Coreias do Norte e do Sul, não podemos tolerar ou reconhecer a Coreia do Norte como um Estado nuclear. Nós também não iremos desenvolver ou ter (armas) nucleares”, afirmou.
“Nosso governo foi lançado no momento mais sério em termos de segurança. O governo está fazendo esforços para gerenciar de forma estável a situação, assim como para promover a paz na Península Coreana”.
Desmoronamento
Um túnel na base de testes nucleares da Coreia do Norte desmoronou após o sexto teste atômico feito pelo país, em setembro, matando possivelmente mais de 200 pessoas, informou a emissora japonesa de TV Asahi ontem, citando fontes não identificadas.
Cerca de 100 trabalhadores da instalação nuclear de Punggye-ri foram atingidos pelo desmoronamento inicial, que ocorreu perto do dia 10 de setembro, disse a emissora.
Um segundo desmoronamento, durante uma operação de resgate, pode significar que o número de mortes ultrapassou 200 pessoas, acrescentou.
Especialistas disseram que uma série de tremores e deslizamentos de terra perto da base de testes nucleares indica, provavelmente, que o sexto e mais poderoso lançamento do país, realizado no dia 3 de setembro, desestabilizou a região, e que a instalação de Punggye-ri pode ficar muito tempo sem ser utilizada para o teste de armas nucleares. (Agência Brasil)