Coreia do Norte nega que seu último teste nuclear tenha provocado mortes
Fontes norte-coreanas, a emissora Asahi relatou a possibilidade de que 200 pessoas tenham morrido pelo desmoronamento
A Coreia do Norte negou nesta sexta-feira (3) que tenham ocorrido mortes em seu centro nuclear por causa do último teste atômico, como informou nesta semana uma rede de televisão japonesa.
Citando fontes norte-coreanas, a emissora Asahi relatou a possibilidade de que 200 pessoas tenham morrido pelo desmoronamento de um túnel, dias depois do teste nuclear que o regime do lÃder Kim Jong-un fez no dia 3 de setembro.
Em nota divulgada pela agência estatal de notÃcias KCNA, a Coreia do Norte condenou o que chamou de “falso relatório”. Criticou ainda o governo japonês, que acusou de “permitir” que a emissora Asahi transmitisse essa informação.
O governo norte-coreano acusou
ainda os “reacionários japoneses” de querer criar uma cortina de
fumaça com essa publicação, estendendo a “ideia fictÃcia” de que
existe uma ameaça norte-coreana, o que considera desculpa para facilitar uma
futura invasão do seu território.
O regime critica Tóquio por ter
posicionado mÃsseis interceptadores e mobilizado população para realizar testes
de evacuação, sob o pretexto dos lançamentos de mÃsseis balÃsticos da República
Popular Democrática da Coreia (nome oficial do paÃs)”.
A nota lembra a queda de um
helicóptero militar americano em Okinawa (Sul do Japão) no dia 11 de outubro, o
último de uma série de incidentes relacionados com a presença militar dos
Estados Unidos no arquipélago e que pôs as autoridades japonesas “em
situação comprometida”.
Embora seja impossÃvel verificar
a informação transmitida pela Asahi, dado o extremo sigilo do regime
norte-coreano, vários analistas acreditam que os repetidos testes nucleares do
paÃs – seis até o momento – podem ter provocado grandes danos estruturais nas
galerias do Centro de Testes Nucleares de Punggye-ri.
O diretor da Agência
Meteorológica sul-coreana, Nam jae-cheol, explicou recentemente que uma análise
de imagens por satélite mostra a possibilidade real de que ocorra um grande
colapso em Punggye-ri – que se situa sob uma pequena cordilheira no Nordeste do
paÃs -, caso seja detonada outra bomba em seus túneis.
Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução