China reafirma confiança de que Venezuela pode lidar com questão da dÃvida
“Acreditamos que o governo e o povo da Venezuela têm capacidade de lidar devidamente com a questão de sua dÃvida”, disse Geng Shuang, porta-voz da chancelaria chinesa
O Ministério das Relações
Exteriores da China reiterou nesta quinta-feira (16) que acredita que a
Venezuela será capaz de lidar com sua dÃvida, à medida que o paÃs sul-americano
começou a fazer pagamentos de juros de tÃtulos na sequência de um atraso que
ameaçava levar a um calote.
A Venezuela pegou empréstimos de
bilhões de dólares da Rússia e da China, principalmente por meio de acordos de
troca de petróleo, que prejudicaram a entrada de moeda estrangeira no paÃs por
exigirem que carregamentos de petróleo sejam usados para pagar tais
empréstimos.
Na quarta-feira, a Venezuela
obteve termos melhores para sua dÃvida com a Rússia, além de um voto de
confiança da China – dois paÃses que podem dar fôlego ao governo de Caracas
enquanto esta tenta manter a solvência de sua economia profundamente deprimida.
Indagado se a China teme que a
dÃvida não será quitada, o porta-voz da chancelaria chinesa Geng Shuang disse
em um boletim regular à imprensa que a cooperação financeira China-Venezuela
prossegue normalmente.
“Acreditamos que o governo e
o povo da Venezuela têm capacidade de lidar devidamente com a questão de sua
dÃvida”, disse Geng.
Os preços dos tÃtulos
venezuelanos passaram os últimos 10 dias em uma montanha russa, já que o
presidente Nicolás Maduro convocou os investidores para conversar sobre uma
reestruturação das dÃvidas, ao mesmo tempo em que prometeu honrar as obrigações
da nação.
Mas a S&P Global Ratings
declarou o paÃs em calote seletivo de dois de seus tÃtulos soberanos no inÃcio
desta semana por ter deixado de emitir os cupons dentro de um perÃodo de
tolerância de 30 dias.
Ainda na quarta-feira o ministro
da Economia venezuelano disse que iniciou a transferência de 200 milhões de
dólares em pagamento de juros sobre estes tÃtulos, que vencem em 2019 e 2024.
Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução