Aumenta a participação dos negros no empreendedorismo em Goiás
Quanto às ocupações específicas pela população negra, ganharam destaque, nos últimos cinco anos, a de comerciante de loja, de pedreiro e a de criador de gado
Nos últimos cinco anos, cresceu em 4% a participação da população negra no empreendedorismo em Goiás. Do total das ocupações na
população negra, a de empreendedor atingiu, em 2017, quase 30% dos
trabalhadores. Esta é a conclusão de um estudo elaborado pelo Instituto Mauro
Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, da Secretaria de Gestão e
Planejamento (IMB/Segplan).
O trabalho foi divulgado nesta segunda-feira (20), em
homenagem ao Dia da Consciência Negra e a Semana Global de Empreendedorismo, e também a
pedido da Coletivo de Empresários e Empreendedores Afro-brasileiros de Goiás
(Ceabra). Os técnicos do IMB/Segplan basearam os estudos nos dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento feito pelos pesquisadores Rui
Rocha Gomes e Igor Nascimento de Sousa, da Gerência de Estudos Socioeconômicos
e Especiais, em Goiás, atualmente, os negros representam 65% da população
total, enquanto que eram 63% em 2012. Já os pardos são 89% da população negra.
No tocante ao sexo, os homens perfazem 50,1% do total dos negros.
De acordo com o estudo do IMB/Segplan, cerca de 60% dos
empreendedores negros de Goiás estão concentrados em três segmentos produtivos:
comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, construção e
indústria geral. Porém, observaram que está ocorrendo crescimento das ocupações
principalmente para áreas como informação, comunicação e atividades
financeiras, imobiliárias e profissionais administrativos.
Por outro lado, sofreu queda de 20% a participação dos negros
em atividades vinculadas à agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e
aquicultura. Quanto às ocupações específicas pela população negra, ganharam
destaque, nos últimos cinco anos, a de comerciante de loja, de pedreiro e a de
criador de gado.
A superintendente do IMB/Segplan, Lillian Maria da Silva
Prado, lembra que o empreendedorismo é, de certo modo, uma alavanca que cria
possibilidades de o indivíduo ascender social e economicamente. “Empreender não
traz ganhos apenas individuais, mas impacta toda a sociedade”.
Foto: Reprodução/Black Rocks