Ex-vice-ministro colombiano é condenado a 6 anos de prisão por caso Odebrecht
Segundos documentos publicados ano passado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou cerca de US$ 788 milhões em propinas em 12 países da América Latina e da África
O ex-vice-ministro de Transportes da Colômbia Gabriel García
Morales foi condenado a seis anos de prisão por ter recebido US$ 6,5 milhões da
Odebrecht em troca de favorecer a construtora no contrato de uma obra pública
no país.
Segundo a Promotoria, García Morales, o primeiro preso por
causa do escândalo da Odebrecht na Colômbia, aceitou os pagamentos por
“interesse indevido na realização de contratos e suborno impróprio”.
Depois da condenação, o ex-vice-ministro se comprometeu a
“ser testemunha em processos penais contra funcionários que receberam
dinheiro como promessa remuneratória para favorecer o contrato da Rota do Sol
II”, informou a Promotoria pelo Twitter.
Segundos documentos publicados em dezembro do ano passado
pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou cerca de US$
788 milhões em propinas em 12 países da América Latina e da África. Na
Colômbia, a empresa teria desembolsado US$ 11 milhões. No entanto, os
promotores colombianos afirmaram que as propinas pagas pela Odebrecht no país
chegam a US$ 27,7 milhões.
García Morales foi preso em 12 de janeiro deste ano. Ele foi
vice-ministro de Transporte durante o governo do ex-presidente Álvaro Uribe,
entre 2002 e 2010.
De acordo com a Promotoria colombiana, García Morales recebeu
US$ 6,5 milhões para ajudar a Odebrecht a conseguir vencer a licitação para a
construção do segundo trecho da Rota do Sol, uma estrada que liga o interior do
país à Costa Atlântica.
Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/La FM/Luisa González)