Moeda virtual já é uma realidade em Goiás; entenda como funciona
Restaurantes, imobiliárias e outros estabelecimentos comerciais da capital já aderiram à novidade
As criptomoedas, como o Bitcoin que equivale a quase 50 mil reais, vem ganhando cada vez mais espaço no mercado. Diferentemente das moedas convencionais, as moedas virtuais não existem fisicamente, pois funcionam como um arquivo digital que permite transações financeiras pela internet, por meio da tecnologia “blockchain”, que utiliza a criptografia para impedir que essas ações sejam rastreadas.
Atualmente, mais de 3 milhões de pessoas utilizam criptomoedas no mundo, segundo um relatório do instituto de pesquisa acadêmica sediado na Inglaterra, Cambridge Centre for Alternative Finance. No Brasil, cerca de 250 mil pessoas têm ou já tiveram moedas virtuais e a tendência é de que esse número cresça consideravelmente, de acordo a FlowBTC, uma plataforma de negociação de moedas digitais. E, para quem acha que essa é uma realidade distante de Goiânia está muito enganado, pois alguns restaurantes, imobiliárias e outros estabelecimentos comerciais da capital já aderiram à novidade.
No entanto, apesar dos pagamentos com criptomoedas no ambiente virtual e até mesmo em empresas físicas estarem aumentando, esse sistema ainda é visto com certa preocupação por muitos. Para o presidente do Instituto Goiano de Direito Digital (IGDD), Rafael Maciel, o receio é justificado por ser uma novidade e não haver um banco central regulando as operações “por outro lado, o fato de não ter uma entidade central é um grande diferencial inovador da moeda e que tem possibilitado sua escalabilidade global”, destaca Maciel.
Para ele, os riscos relacionados ao Bitcoin não se diferem de outros investimentos e, assim como o dinheiro de papel, o dinheiro virtual também requer proteção do seu sistema, com backups, atualizações, dupla autenticação, seguro contra roubo e outras medidas.
“Hoje, a rede bitcoin é um dos maiores projetos computacionais existentes. Contudo, não é possível afirmar que esta seja a moeda do futuro, mas a segurança proporcionada pela sua tecnologia de criptografia, o blockchain, pode representar uma parte dele”, afirmou o presidente do IGDD.
(Assessoria)
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