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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Protocolo

Moro pede que PF justifique uso de algemas em pés e mãos de Cabral

Ex-governador foi levado algemado para exame de corpo de delito no IML de Curitiba. PF informou que o uso de algemas foi necessário devido ao contexto “excepcional” da transferência

Postado em 22 de janeiro de 2018 por Lucas de Godoi
Moro pede que PF justifique uso de algemas em pés e mãos de Cabral
Ex-governador foi levado algemado para exame de corpo de delito no IML de Curitiba. PF informou que o uso de algemas foi necessário devido ao contexto "excepcional" da transferência

O juiz federal Sérgio Moro pediu hoje (22) esclarecimentos à Polícia Federal (PF) sobre os motivos da utilização de algemas nas mãos e nos pés do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, durante a transferência de um presídio no Rio de Janeiro para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Na semana passada, Moro atendeu a pedido do Ministério Público Federal (MPF) que, após constatar a existência de regalias ao ex-governador no cárcere, decorrentes da ação de uma organização criminosa comandada por ele dentro da administração penitenciária, solicitou a transferência.

Após chegar a Curitiba, Cabral foi transportado com algemas nas mãos e nos pés, na parte traseira da viatura da PF.  Ao tomar conhecimento do caso pela imprensa, Moro pediu que os policiais responsáveis pela transferência justifiquem o uso das algemas. Segundo o juiz, uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) impede o uso das algemas em casos em que o preso não ofereça risco de fuga.

“De todo modo, em conduções anteriores de presos no âmbito da Operação Lava Jato, inclusive de Sérgio de Oliveira Cabral Santos Filho, vinha a Polícia Federal evitando o uso de algemas em pés e mãos. Não raramente presos foram conduzidos até mesmo sem algemas”, argumentou o juiz.

Após a transferência de Cabral para Curitiba, a defesa do ex-governador disse que vai recorrer à segunda instância da Justiça Federal para derrubar a decisão que permitiu a saída dele do sistema prisional do Rio. 

Em resposta aos juízes, a PF informou que o uso de algemas foi necessário devido ao contexto “excepcional” da transferência.

A assessoria da Diretoria-Geral da PF afirma que a cautela é exigida diante do “ânimo da população” – com relação a condenados por corrupção, caso de Cabral. A PF disse, ainda, que não pode abrir mão da segurança do próprio prisioneiro em um ambiente público.

A PF avalia que “não há nenhum reparo a ser feito” na forma como o ex-governador foi transferido porque “tudo foi realizado dentro dos parâmetros e do protocolo de segurança”. 

(Agência Brasil. Foto: Giuliano Gomes/PR Press)

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