*Guilherme Araujo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve mantida sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá. A decisão veio da maioria da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Ao analisar recurso do ex-presidente contra a condenação em 1ª instância, os desembargadores João Pedro Gebran Neto e Leandro Paulsen. Ainda falta votar o desembargador Victor Laus. Liderando as intenções de voto, Lula pode ficar inelegível para a eleição deste ano, seguindo as diretrizes da condenação em 1ª instância dada pelo juiz federal Sérgio Moro.

Durante o julgamento, o procurador Regional da República Maurício Gotardo Gerum afirmou que o ex-chefe do Executivo “se corrompeu” e que a defesa não conseguiu apresentar qualquer elemento probatório consistente que afastasse a acusação dos crimes que teria cometido.

Às 17h30, o revisor da Operação Lava-Jato, desembargador Leandro Paulsen, entrou em acordo com o entendimento de Gebran Neto e aumentou para 12 anos e 1 mês a pena do ex-presidente. Desta forma, o TRF-4 acabou por condená-lo por unanimidade.

Em sua fala, Paulsen explicou que o petista teria se beneficiado pessoalmente dos esquemas de corrupção ligados à Petrobrás ao receber o apartamento responsável pelo julgamento. “Mais importante que a imputação do triplex é colocar o presidente como garantidor da organização criminosa e a exploração do capital político que isso lhe permitia. Mas o triplex é também importante porque mostra que houve benefício pessoal e que Lula tinha conhecimento da conta geral de propina”.

*Matéria editada às 17h48 para adição de informações após o fim do julgamento

*Guilherme Araujo é integrante do programa de estágio do Jornal OHoje.com, com supervisão de Naiara Gonçalves