Relatório do Banco Mundial mostra que riqueza global aumentou 66% em 20 anos
Brasil registrou crescimento de cerca de 20%. Objetivo da pesquisa foi descrever as tendências gerais dos país
O relatório lançado pelo Banco Mundial esta semana em
Washington mostra que a riqueza global aumentou 66% entre 1995 e 2014. Segundo
o estudo Mudança na Riqueza das Nações, a cifra passou de US$ 690 trilhões para
mais de um quatrilhão de dólares.
Depois de analisar o desempenho de 141 países, o documento
concluiu ainda que a riqueza global per capita caiu nesse período. A queda foi
puxada pela África Subsaariana, onde a população cresceu mais do que o
investimento.
O objetivo da pesquisa não foi classificar os países de
acordo com a riqueza, mas descrever tendências gerais. Entre 1995 e 2014, por
exemplo, nos 20 países em que a riqueza per capita cresceu mais rapidamente, a
maior parte dos beneficiados está em nações em desenvolvimento, como China e
Índia, por exemplo.
Já na América Latina e Caribe, destacaram-se o Chile e o
Peru, pois neles a riqueza per capita mais do que dobrou nesse período. O
Brasil também registrou crescimento, embora em menor intensidade: cerca de 20%.
Fatores
O cálculo da riqueza de cada economia e do mundo leva em
conta quatro fatores. O primeiro deles é o capital produzido, que inclui
construções, máquinas e infraestrutura. Em segundo lugar, o capital natural,
como terra agrícola, florestas, minerais e petróleo. Em terceiro, o capital
humano, que consiste nas habilidades e experiência dos trabalhadores.
Finalmente, vem a soma de ativos e passivos estrangeiros de um país.
A medida da riqueza avaliada pelo Banco Mundial funciona como
um complemento ao Produto Interno Bruto (PIB), e não como substituição. Ela, na
verdade, reflete o estado dos ativos que produzem o PIB; e se os investimentos
em capital produzido, humano e natural serão suficientes para acompanhar o
crescimento da população.
Segundo o documento, o capital humano é o maior componente da
riqueza do mundo, somando dois terços do total. Só que, nos países ricos, ele
corresponde a uma fatia maior: 70%, contra 40% nos mais pobres. Por isso, o
relatório aponta para a necessidade de investir em pessoas para criação de
riqueza e geração de renda futura.
Fonte: Agência Brasil e ONU News. (Foto: Reprodução/Wilson Dias)