Aprenda a aproveitar todas as partes da abóbora batã
Nutritivo e saudável, alimento pode ser utilizado das flores às sementes em diferentes tipos de receitas
O desperdício de comida é um problema que afeta diversos países do mundo. De acordo com um levantamento feito pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos produzidos no mundo são desperdiçados ou perdidos.
Diante do problema, cada vez mais, é necessário apostar em iniciativas que contribuam com o aproveitamento total dos alimentos. Para isso, a nutricionista Indianara Coimbra, da Trebeschi, destacou a Batã, uma abóbora muito versátil e altamente nutritiva, e ensina como é possível aproveitar das flores às sementes em diferentes tipos de pratos. Confira:
Casca
A casca da abóbora Batã é rica em fibras, vitamina C, carotenoides e possui mais proteínas, potássio e fibras do que a polpa. A sugestão é aproveitá-la na forma chips, que podem ser servidos como petiscos, ou ralá-la para o preparo de sopas, cremes e até sucos. “O consumo da casca auxilia na prevenção de doenças cardíacas, câncer e também previne problemas de visão e de pele”, ressaltou Indianara Coimbra.
Polpa
Versátil, a polpa da abóbora Batã pode ser utilizada no preparo de pratos salgados e doces, como refogados, purês, cremes, suflês, sopas, recheios de tortas, quiches, nhoque, compotas e bolos. O grande benefício é que 100g de polpa possuem apenas 31 calorias e têm mais potássio que uma banana, além de ser fonte de ferro, zinco, fósforo, magnésico e fibras, que ajudam a eliminar gorduras e a regular o intestino.
“É importante destacar ainda a presença de vitaminas A e C, complexo B e betacaroteno, um antioxidante natural responsável por prevenir contra o câncer, derrame, catarata, doenças cardíacas e que ajuda na manutenção da saúde da pele. A polpa é valorizada também por possuir ação vermífuga e por auxiliar no tratamento de doenças renais e cardíacas”, explicou a nutricionista da Trebeschi.
Sementes
As sementes possuem zinco e são responsáveis por fortalecer o sistema imunológico. Além disso, contam com antioxidantes que auxiliam na prevenção do câncer. Com um preparo simples, elas podem ser assadas, de preferência com sal e um fio de azeite, e servidas como aperitivos ou trituradas, o que dá origem a uma farinha que pode ser utilizada em sucos, sopas, cremes ou no preparo de massas e quitutes.
Brotos e folhas novas
Também conhecidos como cambuquira, os brotos e as folhas novas são ideais para o preparo de sopas, refogados, saladas ou para serem consumidos juntamente da farinha de milho. As folhas da abóbora são ricas em água, cálcio, potássio, fósforo, ferro, magnésio, ácido fólico e vitaminas A e K.
“Os brotos e as folhas novas são importantes para a saúde do coração, auxiliam na manutenção do sistema imunológico, a manter a saúde dental, previnem a constipação, fortalecem os ossos, reduzem os sintomas da artrite reumatoide e aliviam os sintomas da TPM”, pontuou a especialista.
Flores
Com um aroma delicado, as flores da abóbora Batã podem ser refogadas, empanadas, fritas, utilizadas em saladas, suflês, risotos, omeletes, ensopados de peixes e frutos do mar, recheadas (com carne, queijo ou legumes) ou batidas em sucos. São altamente digestivas e podem ser consumidas cruas ou cozidas, no entanto, vale destacar que, para garantir uma alimentação balanceada, o ideal é eliminar as frituras da dieta.
Ricas em cálcio e fósforo, as flores são indicadas para crianças em fase de crescimento e para pessoas com problemas de osteoporose. O alimento também reduz a oxidação do colesterol ruim, e estimula a formação de enzimas reparadoras e anticancerígenas, o que ajuda a bloquear o desenvolvimento de células malignas no organismo.
“As flores da Batã são capazes de promover a formação de glóbulos brancos no sangue, responsáveis pela defesa do organismo contra agentes infecciosos e ataques externos. Além disso, suas propriedades auxiliam na saúde da visão, em problemas como catarata, retinopatia diabética e degeneração macular, doença que causa danos aos vasos sanguíneos que irrigam a retina, muito comum em pessoas na meia-idade ou que sofrem com diabetes”, finalizou Indianara Coimbra.
(Assessoria)
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