Chuvas em janeiro ficaram abaixo da média, diz Comitê do Setor Elétrico
Para o começo de fevereiro, o comitê espera a ocorrência de chuvas mais abundantes nas bacias dos rios São Francisco, Tocantins e Xingu, onde as precipitações podem ultrapassar ligeiramente os valores
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) informou hoje (7) que no mês de janeiro de 2018, com exceção da Região Sul, as chuvas foram inferiores à média na maior parte do Brasil. De acordo com o comitê, apesar do resultado do primeiro mês do ano, o risco de “qualquer déficit de energia em 2018 é igual a 0,3% para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e de e 0,1% para o Nordeste”.
Para o começo de fevereiro, o comitê espera a ocorrência de chuvas mais abundantes nas bacias dos rios São Francisco, Tocantins e Xingu, onde as precipitações podem ultrapassar ligeiramente os valores históricos. Já nas bacias do Subsistema Sul e na Bacia do Rio Paranapanema deve chover abaixo da média histórica neste mês. A previsão é de chuvas na média histórica nas bacias dos rios Grande, Paranaíba e Madeira.
Para a segunda semana do mês, o cenário mais provável de previsão é de chuvas inferiores à média principalmente nas bacias dos rios São Francisco e Tocantins. Nas demais bacias do Sistema Interligado Nacional (SIN), a chuva acumulada deve ficar dentro dos valores médios históricos do período.
Em nota divulgada após reunião nesta quarta-feira, o CMSE, que é responsável por monitorar as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do país, disse a previsão climática para o trimestre de fevereiro a abril de 2018 aponta maior probabilidade de “chover abaixo da média histórica no setor norte da Região Nordeste e alta probabilidade de chover acima do normal na maior parte da Região Norte. Na Região Sul, as precipitações deverão oscilar em torno do normal”.
Ainda de acordo com o CMSE, no período de janeiro a dezembro de 2017, a Energia Natural Afluente (ENA), das bacias dos rios Grande, Paranaíba, São Francisco e Tocantins, que juntos concentram cerca de 80% da capacidade de armazenamento do Sistema Interligado Nacional (SIN), tiveram resultados entre os piores da série histórica.
A ENA reflete o volume de energia que pode ser produzido de acordo com o regime de chuvas em determinado local. Quanto maior o indicador, maior a quantidade de energia possível de ser produzida.
Em relação à expectativa de armazenamento dos reservatórios, a previsão do CMSE é que ao final do mês de fevereiro, a capacidade dos subsistemas esteja em 39,9% no Sudeste/Centro-Oeste; 78,8% no Sul; 23,7% no Nordeste e 49,1% no Norte. “Ao final do mês de janeiro de 2018 foi de 31,3%, 81,9%, 17,8% e 32,3% nos reservatórios equivalentes dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente”, informou o comitê.
Rio São Francisco
O CMSE também informou que a política de redução na vazão nos reservatórios das usinas de Xingó e Sobradinho, no Rio São Francisco, vai permanecer com vistas à preservação dos estoques. Em quase 90 anos de medição oficial, a armazenagem dos reservatórios chegou a ficar abaixo dos 7% no ano passado, na maior seca da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco já registrada.
Segundo o comitê, a redução na vazão vai possibilitar manter todas as usinas hidrelétricas acima de seus armazenamentos mínimos operacionais até o fim do período úmido, em abril de 2018. “A expectativa de armazenamento ao final do mês de fevereiro de 2018 é de 38,9% na Usina Três Marias e de 16,7% na Usina Sobradinho, tendo em vista a equalização deste último com o reservatório da Usina Itaparica, que tem previsão de ser elevado de 10,7% para 16,3% durante o mês corrente.”, informou o CMSE.
Com informações da Agência Brasil