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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Meio ambiente

Mesmo com chuvas fortes, rios continuam com níveis baixos

De acordo com relatório da Secima, os rios Meia Ponte e das Almas, seguem entre os cinco mais secos no Estado de todas as series históricas

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 16 de fevereiro de 2018
Mesmo com chuvas fortes
De acordo com relatório da Secima

Gabriel Araújo*


Segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), o atual período chuvoso foi responsável pelo aumento nos níveis dos rios, mas ainda insuficientes.Em estudo divulgado ao O Hoje, a secretaria considera o nível e vazão (o volume de água que passa por uma seção do rio medida durante um período de tempo) dos rios Meia Ponte e das Almas abaixo do esperado. 

De acordo com os dados, a secretaria afirmou que os níveis atuais estão abaixo da média histórica para esta época do ano. “Verificando o exemplo de medições manuais com séries históricas consistentes verificamos reduções significativas de vazão e nível.” afirmou o relatório.

O Rio da Almas possui uma vazão média para o mês de janeiro de 296,8 m³ /s, mas no último mês foi registrada uma queda de 61,89% na vazão, ou seja, o rio estava com uma vazão de 113,1 m³ /s. Nas medições feitas este mês também houve uma baixa significativa nos dados, de 320 m³ /s para 162,3 m³ /s, uma queda de 49,30% em relação à média histórica.

Enquanto o Rio Meia Ponte registrou uma baixa nos níveis. O nível médio da água para o primeiro mês do ano registrado pela Agência Nacional de Águas (ANA) é de 210,8 cm e no último mês foi de 161,1 cm, portanto mais de 23% de redução. Para este mês a média histórica é de 222 cm, mas até o momento o maior nível registrado foi de 167 cm, mais uma queda, desta vez de 24,77%.

O relatório ainda afirma que os rios Meia Ponte e das Almas, este ano, estão entre os cinco mais secos das series históricas.


Tempo real

Os rios e lagos do estado são monitorados em tempo real por uma equipe da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima). Utilizando um sistema criado pela Agência Nacional de Águas (ANA), o índice pluviométrico, a vazão dos principais rios que cortam Goiás, além de 21 reservatórios de hidrelétricas no Estado são acompanhados. O sistema possui 80 estações fluviométricas espalhadas por Goiás.


Serra da Mesa

De acordo com os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS o reservatório de Serra da Mesa se encontra com aproximadamente 11% do volume útil. Dados estão entre os piores desde o início da medição, em 1998.

O reservatório possui uma área de 1.784 km2 e uma capacidade de armazenamento de mais de 54 bilhões de m3 de água. A água do Serra da Mesa é responsável pelo abastecimento de sete usinas hidrelétricas. O nível atual está a mais de 32 metros abaixo do comportado pelo volume total, o que equivale a um prédio de 12 andares.

O Lago de Serra da Mesa, que forma o reservatório, atrai turistas de todo o país, seja para a pesca esportiva ou para a prática de esportes aquáticos, e é formado pelos rios Tocantins, Rio das Almas e Maranhão.


Lago Azul

O nível de água do reservatório de Emborcação, que abastece a Usina Hidrelétrica Theodomiro Santiago, é um dos menores já registrados. No início de 2015, o nível chegou a 12% do volume total e a menor taxa já registrada foi em dezembro de 2001, quando o volume chegou aos 10% do total. Segundo dados informados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na última medição realizada o lago contava com 15% da capacidade total. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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