Michel Temer decreta intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro
A decisão final do controle militar em prol do resguardo da população carioca, supostamente com durabilidade até o fim de 2018, ainda precisa ser aprovada no Congresso Nacional, em Brasília
Kamilla Lemes*
Após reunião emergencial, com
ministros, no Palácio da Alvorada, o presidente da República, Michel Temer
decretou, no fim da noite de ontem (15), a intervenção das forças armadas na
segurança pública no Rio de Janeiro.
A decisão final do controle
militar em prol do resguardo da população carioca, supostamente com durabilidade
até o fim de 2018, ainda precisa ser aprovada no Congresso Nacional, em Brasília.
Dependendo do veredito, isso
pode interromper o projeto da Reforma Previdencial, que está em andamento e
precisa de no mínimo, 308 votos para ser aprovada.
Por mais de 4 horas, Temer
esteve reunido com o Governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, juntamente com o
Ministro da Fazenda, Henrique Meireles, Moreira Franco, Ministro da Secretaria
Geral da Presidência, presidente da Câmara, Rodrigo Maia que no momento foi
contra a iniciativa, porém foi convencido por Pezão. Também, Sergio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança
Pública e Torquato Jardim, Ministro da Justiça e Segurança Pública no Brasil
participaram da conversa.
Motivação
A medida foi articulada
devido à onda de crimes e violências no Rio, desde o inicio de 2018 e no
carnaval. Favelas em guerra com policiais, tiroteios, assaltos, arrastões e
assassinatos são um dos vários motivos que levaram Michel Temer à recorrer.
Pezão afirmou em entrevista que houve carência no planejamento e que o estado
não estava pronto para controlar a situação.
O decreto oficial está previsto
para hoje (16), de acordo com Eunico Oliveira, presidente do Senado.
Kamilla Lemes faz parte do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob supervisão de Naiara Gonçalves.
Com informações do G1. (Foto: Reprodução)