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domingo, 24 de novembro de 2024
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Temer declara que Bolsa Família deve ter reajuste em breve

Presidente prega que o programa precisa sofrer uma manutenção. Michel Temer enfatizou que o programa faz parte de um dos eixos prioritários de sua gestão

Postado em 14 de março de 2018 por Victor Pimenta
Temer declara que Bolsa Família deve ter reajuste em breve
Presidente prega que o programa precisa sofrer uma manutenção. Michel Temer enfatizou que o programa faz parte de um dos eixos prioritários de sua gestão

Michel Temer

O presidente Michel Temer (foto) afirmou nesta quarta-feira (14) que não pretende
acabar com o Bolsa Família e que o programa deve receber aumento em breve.
Temer fez a declaração durante sua participação na abertura do Fórum Econômico
Mundial para a América Latina, que ocorre em São Paulo até amanhã (15).

“Eu não estou pregando isso [a eliminação do Bolsa Família],
estou pregando a manutenção, que aliás, ganhou um aumento no início do meu
governo e deverá muito proximamente ganhar um novo aumento. Então, estamos
pregando que haja uma evolução no tópico da responsabilidade social”,
esclareceu Temer.

Em seu discurso de apresentação, Temer admitiu que a pobreza
extrema é um dos desafios do país e explicou que o objetivo de seu governo é
evitar que programas assistencialistas ainda estejam na pauta do país nos próximos
anos. Pra isso, ele defende uma “evolução” do programa até sua possível
eliminação a longo prazo.

“Nós precisamos progredir e, por isso, lançamos muito
recentemente um programa chamado Progredir, que é para dar emprego aos filhos
daqueles desfrutantes do Bolsa Família. Porque, ao longo do tempo esse pessoal
vai se incluindo na sociedade e ao longo do tempo, digo eu, quem sabe, possamos
eliminar essa questão do Bolsa Família”, disse Temer.

O presidente enfatizou que o programa faz parte de um dos eixos
prioritários de sua gestão, a responsabilidade social, e que o valor concedido
às famílias beneficiários sofrerá reajuste, sem dar detalhes sobre o aumento.

Em sua fala, o presidente também resumiu as principais
iniciativas de seu governo na área de responsabilidade fiscal, como a reforma
trabalhista, a limitação dos gastos públicos, entre outras medidas que
contribuíram para o fim da recessão econômica. Temer também destacou o diálogo
como uma das expressões que pautam o governo atual.

Estados Unidos

Depois de discursar, Temer respondeu a algumas perguntas do
presidente do Fórum, o professor Klaus Schwab. Questionado sobre como o Brasil
pretende lidar com tendências protecionistas no mundo, Temer respondeu que essa
questão preocupa muito o país e que pode recorrer contra os Estados Unidos pela
decisão de aumentar os impostos de importação do aço e do alumínio.

A taxação afeta diretamente as exportações brasileiras que
tem os Estados Unidos como um dos principais parceiros comerciais. Temer
comentou que é necessário cuidado para tratar das relações com os país norte
americano e que deve telefonar para o presidente Donald Trump para tratar do
assunto.

“Nesta questão do aço realmente há uma grande preocupação,
porque, pelos tratados internacionais, a taxação do aço poderia variar de 0 a
4,5% e houve uma taxação de 25% no caso do aço e 10% no caso do alumínio. É
claro que temos que tratar com muito cuidado essa matéria”, disse Temer.

Ao lado do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, o
presidente não descartou a possibilidade de entrar com uma representação contra
os Estados Unidos junto à Organização Mundial do Comércio (OMS). Contudo, o
presidente disse que, antes dessa medida, o Brasil vai incentivar o contato de
empresas brasileiras que fornecem aço para as empresas norte-americanas para
trabalharem “em conjunto ao congresso americano para tentar mudar essa
fórmula”.

“Se não houver uma solução, digamos assim, amigável muito
rápida, vamos formular uma representação à Organização Mundial do Comércio, mas
não unilateralmente, não apenas o Brasil, mas com todos os países que tiveram
prejuízo em função dessa medida tomada. Naturalmente, essa conjugação coletiva
dos países dará mais força a essa representação”, afirmou.

Temer também foi questionado sobre a reforma da
Previdência. O presidente reafirmou que pode tentar retomar a tramitação da
emenda constitucional que altera as regras de acesso à aposentadoria no
Congresso Nacional ainda no segundo semestre deste ano, talvez em setembro ou
outubro, quando pretende acabar com a intervenção federal na segurança do Rio
de Janeiro. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Reuters/Dennis)

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