Bispo e padres são presos por desvios de recursos de igrejas
Conforme informações, o grupo se apropriava de dinheiro oriundo de dízimos, doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de eventos como batismos e casamentos
Uma operação do Ministério Público do Estado de Goiás
(MP-GO), prendeu na manhã segunda-feira (19), o bispo Dom José Ronaldo, quatro
padres e um monsenhor. Eles são suspeitos desviar recursos da Igreja Católica em
Posse e em duas cidades do Entorno do Distrito Federal, Formosa e Planaltina. O
prejuízo estimado é de mais de R$ 2 milhões.
Conforme informações, o grupo se apropriava de dinheiro oriundo
de dízimos, doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de
eventos como batismos e casamentos.
As investigações começaram em 2015 após denúncias de fiéis que
relataram desvios de dinheiro. Em dezembro de 2017, o bispo negou haver
irregularidades nas contas da Diocese de Formosa.
A ação, batizada de “Caifás”, tem ao todo são 13
mandatos de prisão e dez de busca e apreensão. Além de residências e igrejas,
um monsteiro também é alvo da investigação.
De acordo com o MP-GO, a suspeita é que a associação
criminosa atuava na cúria da Diocese da Igreja Católica de Formosa e outras
paróquias relacionadas a elas nas outras cidades. Participam da ação cerca de
dez promotores de Justiça, além das polícias Civil e Militar.
Mandados:
Formosa: nove de prisão e cinco de busca e apreensão
Posse: três de prisão e quatro de busca e apreensão
Planaltina: um de prisão e um de busca e apreensão
Denúncia
Em dezembro de 2017, fiéis denunciaram que as despesas da
casa episcopal de Formosa, onde o bispo mora, passaram de R$ 5 mil para R$ 35
mil desde que Dom José Ronaldo assumiu o posto, havia três anos.
O grupo que contesta as contas informou que não recolheria o
dízimo até que as medidas sejam atendidas. A diocese disse na época que o custo
das 33 paróquias é de cerca de R$ 12 milhões por ano. Já a arrecadação, no
mesmo período, é de R$ 16 milhões. O restante é destinado ao fundo de cada
unidade.
Dom José Ronaldo alegou na época que não tocava no dinheiro
e que não houve o pedido, por parte do grupo, para a apresentação de contas.
Com informações do G1 Goiás. Foto: Divulgação