Filas para vacina contra H1N1 começam na madrugada em segundo dia
Aglomeração teve início às 01h30 de segunda-feira (15) no Centro Municipal de Vacinação. Na sexta-feira (13), mais de 47 mil doses foram aplicadas para o primeiro grupo de risco
Victor Lisita*
A campanha de vacinação contra a gripe H1N1, em Goiânia,
retornou na segunda-feira (16) com grandes filas para o atendimento de idosos,
trabalhadores da saúde e doentes cardíacos ou respiratórios graves. No primeiro
dia, na sexta-feira (13), 47.893 doses da vacina foram aplicadas para o mesmo
grupo de risco, o que representa um total de 25% das quase 200 mil doses
encaminhadas ao município para esta primeira etapa.
Na madrugada de ontem, filas começaram a se formar no Centro
Municipal de Vacinação (CMV), localizado no Setor Pedro Ludovico, a partir das
01h30. Em menos de quatro horas, a aglomeração começou a dar voltas no
quarteirão, chegando a passar de 1 Km e sendo composta consideravelmente por
idosos que fazem parte do primeiro grupo de risco. A Prefeitura de Goiânia e
alguns conselhos regionais de saúde levaram doses para que funcionários de
hospitais se imunizem com o objetivo de evitar tumulto.
O Estado de Goiás começou a aplicar as doses dez dias antes
do lançamento da campanha do Ministério da Saúde, sendo o primeiro do Brasil a
promover a mobilização contra a gripe H1N1. Neste primeiro momento, 640 mil
doses, de um total de 1,7 milhão, foram distribuídas nos 246 municípios
goianos. Segundo a Assessoria de Comunicação da Secretaria da Saúde de Goiás,
as doses chegaram ao Estado na quarta-feira (11) e o envio para os municípios
começou no mesmo dia, estendendo-se por toda quinta-feira (12).
Na sexta, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de
Goiânia (SMS), 3 mil pessoas foram imunizadas somente no CMV. São 56 salas com
vacinas somente na Capital, segundo o cronograma do Ministério da Saúde.
Somente em Goiás, treze mortes causadas por H1N1 foram
confirmadas. Com medo da doença, a população passou a procurar laboratórios
particulares para se imunizar, o que também levou a grandes filas na semana
passada e o fim dos estoques. Após pedir reposição das doses, as clínicas
começaram a atender a demanda com senhas. O preço médio chega a R$ 130.
*Victor Lisita é integrante do programa de estágio do jornal O Hoje, sob a supervisão de Naiara Gonçalves.