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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Pioneirismo

Japoneses desenvolvem tratamento para síndrome de Guillain-Barre

Esta doença, que nos últimos anos se associou também a uma complicação do zika vírus, causa fraqueza muscular e paralisia de órgãos e extremidades levando à morte de cerca de 4% das pessoas

Postado em 23 de abril de 2018 por Kamilla Lemes
Japoneses desenvolvem tratamento para síndrome de Guillain-Barre
Esta doença

Um grupo de pesquisadores japoneses desenvolveu um tratamento para os casos mais graves de síndrome de Guillain-Barre, o primeiro avanço em 25 anos para a cura desta doença neurológica e autoimune.

O estudo, realizado pela Universidade de Chiba (leste de Tóquio), conclui que o uso do remédio eculizumab, que já era usado para o tratamento de várias doenças raras, é também seguro e eficaz com a Guillain-Barre e ajuda a agilizar a recuperação destes pacientes, explicou nesta segunda-feira (23) o centro em comunicado.

Esta doença, que nos últimos anos se associou também a uma complicação do zika vírus, causa fraqueza muscular e paralisia de órgãos e extremidades, levando à morte de cerca de 4% das pessoas.

“Os resultados deste teste clínico chamaram a atenção de especialistas de todo o mundo, como um tratamento inovador e potencialmente eficaz para a Guillain-Barre”, afirmou o professor Satoshi Kuwabara, principal responsável da pesquisa. O estudo aconteceu durante 24 semanas em 13 hospitais japoneses, onde pacientes com casos severos de Guillain-Barre receberam o remédio eculizumab ou um placebo.

A partir da quarta semana, mais de 60% dos pacientes que tomaram o remédio podiam andar de maneira independente, enquanto esta porcentagem descia para 45% no caso no grupo do placebo. Após concluir o tratamento, 72% dos pacientes do primeiro grupo podiam correr, enquanto apenas 18% do segundo grupo conseguiram.

Segundo o estudo, que foi publicado em 20 de abril na revista médica britânica “The Lancet Neurology”, 70% dos pacientes que tomaram este remédio quase não tinham sinais de incapacidade seis meses depois de iniciar o tratamento, o que para os pesquisadores significa que “poderá ser superada no futuro”.

No entanto, estes também apontam que será necessário realizar mais testes no futuro com um número maior de pacientes.

Informações Agência Brasil.  

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