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sábado, 23 de novembro de 2024
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Educação

Novo Fies preenche 35 mil vagas financiadas pela União

O programa passou a ter uma modalidade financiada diretamente pela União, voltada para estudantes com renda familiar per capita mensal de até três salários mínimos, ou seja R$ 2.862

Postado em 8 de junho de 2018 por Márcio Souza
Novo Fies preenche 35 mil vagas financiadas pela União
O programa passou a ter uma modalidade financiada diretamente pela União

No primeiro semestre de vigência, o novo Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies) preencheu cerca de um terço das vagas
financiadas pelo governo, chegando a 35.866 mil.

Já a modalidade contratada junto a bancos privados, chamada
P-Fies, cuja previsão é a oferta de 210 mil vagas neste ano, preencheu, até o
momento, apenas 800, de acordo com o diretor-executivo da Associação Brasileira
de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), Sólon Caldas.

O novo Fies foi anunciado no ano passado. O programa passou
a ter uma modalidade financiada diretamente pela União, voltada para estudantes
com renda familiar per capita mensal de até três salários mínimos, ou seja R$
2.862. No total, são ofertadas 100 mil vagas nesta modalidade, das quais foram
preenchidas mais de 35.866 mil no processo seletivo do primeiro semestre. Mais
16.351 vagas estão em contratação, ainda em curso, no âmbito do processo
seletivo para vagas remanescentes.

As outras duas modalidades incluídas no P-Fies são
financiadas com recursos de fundos constitucionais regionais e do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O risco de crédito é
assumido pelos bancos. As modalidades, no entanto, não foram muito procuradas
no primeiro semestre.

Segundo Sólon, parte da baixa adesão ao P-Fies se deu por
fatores econômicos. Com os altos índices de desemprego, os estudantes não
conseguem assumir dívidas, em parte porque as regras e os sistemas ainda estavam
sendo adequados para a oferta das vagas. O balanço refere-se aos números de
cerca de duas semanas atrás. O processo seletivo para vagas remanescentes ainda
está aberto e o número de contratos pode aumentar.

“O P-Fies precisa ser melhor comunicado, tanto para
agentes financeiros, quanto para instituições e para a sociedade. “É
preciso fazer uma campanha grande, com governo, com o setor, com bancos, para
mostrar como funciona.”

Para se candidatar ao P-Fies, o estudante precisa dizer, na
hora da inscrição, que tem interesse na modalidade. Ele precisa, então,
preencher um questionário, que será encaminhado para a análise e aprovação dos
bancos.

Adesão maior no segundo semestre

Para o diretor de vendas e marketing do Pravaler, empresa
que oferece financiamento estudantil, Rafael Baddini, a expectativa é que mais
contratos sejam fechados no segundo semestre pelo P-Fies. Segundo Baddini, a
Pravaler é responsável por cerca de 90% dos créditos aprovados pela modalidade
privada.

“Essa rodada foi mais de aprendizado, porque o programa
estava saindo do chão. Acho que esse era o ponto mais importante. Pode não
parecer, mas, por trás, você tem que ligar o sitema dos bancos com o MEC, têm
portarias que precisam ser definidas. O programa saiu do chão”, afirmou.

Prazo

Está aberto desde ontem (7) o prazo para que os agentes
financeiros operadores de crédito, interessados em participar do P-Fies no
segundo semestre, façam o cadastro na internet, no site do Fies. O prazo
termina no dia 11 de junho. Já o prazo para as mantenedoras de ensino
manifestarem interesse em participar do programa é de 12 a 20 de junho.

Fies

O Fies oferece financiamento para vagas em instituições
privadas de ensino superior. Para concorrer às vagas, o estudante precisa ter
tirado pelo menos 450 pontos na média das provas e não podem ter zerado a
redação no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), em uma ou mais edições desde
2010.

A porcentagem de financiamento é calculada de acordo com o
comprometimento da renda do aluno, o valor do curso e comprometimento da renda
no pagamento das aulas. O estudante deverá iniciar o pagamento no mês seguinte
ao término do curso, desde que esteja empregado. O prazo máximo para pagamento
é de 14 anos.

As taxas de juros do P-Fies são determinadas pela política
de crédito dos fundos constitucionais administrados pelos bancos regionais.

 Com informações da Agência Brasil. 

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