Tecnologias em Goiás oferecem alternativas para economizar água
Medidas de preocupação com o consumo e o desperdício de água estão sendo tomadas para evitar uma crise hídrica
Da Redação
Depois que a Saneago – Companhia de Saneamento de Água e Esgoto de Goiás – divulgou um alerta sobre a possibilidade de desabastecimento em mais de 60 cidades goianas, durante o período de estiagem em 2018, aumentou a preocupação com o consumo e o desperdício de água. A Companhia informou que está monitorando as nascentes com níveis mais baixos, perfurando e interligando novos poços, e adotando outras medidas para tentar evitar uma crise hídrica, como ocorreu em 2017, mas solicitou que a população consuma de forma consciente.
Tecnologias desenvolvidas em Goiás estão auxiliando na economia de água, desde o percurso até as torneiras, até a reutilização em várias atividades, como limpeza de prédios, veículos, lavanderias e até nas fábricas de cerveja.
O engenheiro e professor Danilo Cunha criou uma solução composta por estações de tratamento que reduz em até 98% os contaminantes da água, inclusive do chorume – a água proveniente do lixo. O sistema foi testado no Aterro Sanitário de Aparecida de Goiânia.
A engenhoca é ínovadora em relação a outras similiares, pois trata-se de uma estação compacta, que não precisa de grandes espaços para ser instalada, atendendo às necessidades de cada usuário.
A solução nasceu na incubadora de ideias e startups da Aldeia do Centro Educacional UniAnhanguera, antiga Faculdade Anhanguera de Goiás, e está apta a promover uma economia que daria para abastecer uma cidade como Goiânia durante 5 dias.
O vídeo-monitoramento de rachaduras e vazamentos em tubulações também produz bons resultados.A tecnologia, criada pelos engenheiros Rauhe Abdullamid, Danilo Sulino e Yi Lun Lun, permite inspecionar e mapear tubulações durante manutenções preventivas e corretivas.O sistema é composto por um robô de inspeção e um software.A solução ajuda a reduzir o desperdício de água tratada no Brasil que anualmente chega a 37% conforme relatório publicado pelo jornal Folha de São Paulo.
O projeto é vinculado ao CEI – Centro de Empreendedorismo e Incubação da UFG, que apoia ideias e startups e, recentemente, venceu o prêmio CREA de Meio Ambiente na categoria Novas Tecnologias.