Maduro critica reação da UE sobre atentado que sofreu
Presidente da Venezuela disse ser “deplorável” o comunicado
da União Europeia sobre explosão de drones em ato público
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, considerou “deplorável” o comunicado emitido pela União Europeia (UE) em relação ao atentado que sofreu, quando dois drones explodiram em um ato público que liderava e do qual saiu ileso.
“Verdadeiramente é deplorável o comunicado da União Europeia, protegendo terroristas, no seu comunicado protegem terroristas, no seu comunicado não são capazes de condenar o atentado que tinha como objetivo assassinar o presidente deste país”, disse Maduro referindo-se ao documento emitido há dois dias.
Na nota, a União Europeia pede que seja feita “uma investigação exaustiva e transparente” sobre o incidente ocorrido no último dia 4 “a fim de esclarecer os fatos, em pleno respeito do Estado de direito e dos direitos humanos”. Maduro questionou esta resposta pois, alertou, o atentado “poderia ter atingido o assassinato em massa das mais altas autoridades militares e civis”.
Grupo de Lima
No sábado (11) o Brasil e mais 11 nações que compõem o Grupo de Lima (Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru) condenaram a repressão e a perseguição política na Venezuela.
O grupo apela para o respeito à democracia e aos direitos humanos, a libertação de presos políticos e a busca por solução interna para crise que se passa no país. Também sugere a realização de “eleições livres, democráticas e transparentes”.
Ex-presidente da Colômbia
O presidente da Venezueladenunciou no sábado (11) que a tentativa de atentado da qual saiu ileso na semana passada foi ordenada por Juan Manuel Santos, ex-presidente da Colômbia.
“Foi o ex-presidente Juan Manuel Santos quem deu a ordem de preparar a ação terrorista para o meu assassinato”, disse o governante, durante ato com 700 generais e almirantes em Caracas, que foi exibido em transmissão obrigatória de rádio e televisão.
Segundo Maduro, Santos atuou em coordenação com o ex-presidente do Parlamento venezuelano, o opositor Julio Borges, “que recebe a ordem, os recursos, a logística, o apoio e o plano” e “é quem assume a responsabilidade em relação à história de assassinar o presidente”. (Agência Brasil)