Mercado deve abrir 6,4 mil vagas para balconistas no fim de ano
No Dia do Balconista, comemorado nesta terça-feira (30), especialista em atendimento dá dicas para os temporários surpreenderem os empresários e aumentarem chances de contratação efetiva
Da Redação
Os setores de comércio e serviço devem contratar, neste fim de ano, cerca de 6,4 mil balconistas para ocupar vagas de trabalho temporário em todo o Brasil. É o que aponta pesquisa divulgada recentemente pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Segundo o levantamento, a função de balconista irá absorver 11% das 59,2 mil vagas temporárias oferecidas nesses dois segmentos da economia, dando à categoria uma perspectiva animadora neste Dia do Balconista, comemorado hoje (30).
Apesar da contratação temporária, boa parte desses profissionais acaba ficando em definitivo com a vaga. Segundo a especialista em atendimento em gestão pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fernanda Fleury, o diferencial para o balconista atrair a atenção, tanto do empresário quanto do cliente, está na atitude de mostrar simpatia, atenção e interesse num bom atendimento.
Fernanda diz que, para o consumidor, o bom atendimento pesa muito em suas escolhas, até mais do que o valor do produto ou serviço. Esse aspecto, segundo a especialista, foi constatado num levantamento feito com balconistas em 20 estabelecimentos de Goiânia e Palmas. Os profissionais do atendimento receberam nota média de 4,6 nas avaliações de clientes ocultos.
“Na verdade, o que o consumidor de qualquer classe social deseja é ter o seu dinheiro bem empregado. E isso passa por ter uma boa experiência de compra que, na prática, é perceber a atenção com suas necessidades e ver o empenho do vendedor para supri-las e, ainda, ser surpreendido com alguma coisa”, diz Fernanda Fleury.
Mais chances
A especialista salienta que os empresários, em geral, permanecem atentos à performance dos balconistas, e esclarece que as chances de os trabalhadores temporários se efetivarem aumentam potencialmente, quando eles se apresentam bem para o cliente; quando demonstram interesse pelas demandas do consumidor; e se mostram simpáticos, proativos e educados durante o atendimento.
Fernanda Fleury acrescenta que essas dicas podem ajudar vendedores, ajudantes, recepcionistas e caixas que buscam recolocação no mercado. “A gente encontra funcionário escorado na parede, distraído, mal arrumado. Tudo isso acaba repercutindo na percepção do cliente”, alerta a consultora.
De acordo com a pesquisa da CNDL/SPC, os vendedores devem ocupar o maior volume das vagas temporárias a serem criadas (28%), seguidos dos ajudantes (21%), recepcionistas (4%) e caixas (4%), além dos balconistas (11%).
O Brasil ocupa a penúltima posição no ranking internacional de atendimento, segundo levantamento da Better Business Word Wide. Considerando as 16 nações avaliadas, o Brasil só consegue superar o Japão na qualidade de atendimento ao consumidor.