Thiago Costa

O sargento Mackleiton Rodrigues Alves era lotado no batalhão das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) e foi morto, como consta no registro, por engano, por um militar identificado como JSC. De acordo com os relatos do autor dos disparos à Polícia Civil, no momento dos fatos, o um homem perseguia armado e descaracterizado outro homem, que corria com uma faca na mão e também morreu na ação. 

O militar suspeito de efetuar os disparos anunciou aos dois homens armados “Parado, polícia!”, momento que Mackleiton apontou sua arma para o militar, que, com a arma do sargento voltada para ele, efetuou os disparos. Ainda de acordo com o boletim, a vítima só disse ser sargento após os disparos. 

Era noite de domingo (18), pouco antes das 21 horas, quando JSC guardava o carro na garagem de casa e viu uma pessoa correr com uma faca seguida por outra que disparava com arma de fogo, no Bairro Granja Cruzeiro do Sul, na região norte de Goiânia.

Em nota enviada à reportagem, a assessoria de comunicação da Polícia Militar de Goiás informou que as investigações sobre o caso serão realizadas

pelas Polícias Militar e Civil. As investigações se concentram na Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) e serão conduzidas  pelo delegado Marco Aurelio Euzebio.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrências, o sargento já havia sido baleado quando informou ao colega que também seria policial, identidade que foi confirmada pelo sogro do PM JSC, que desarmou a vítima e ligou para o socorro.  O sargento chegou a ser conduzido para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. 

Na central de Flagrantes de Goiânia,  JSC, que é o suspeito de efetuar os disparos até a conclusão do caso, prestou seus esclarecimentos sobre o acontecimento espontaneamente, de acordo com a Polícia Civil. No início da tarde da última segunda-feira (19) o Instituto Médico Legal (IML) liberou o corpo do sargento para o velório. A Delegacia responsável pelas investigações só dará detalhes da investigação com a conclusão do inquérito.

Outro caso 

Há menos de um mês o soldado da PM Flávio Faria de Oliveira, de 31 anos, matou acidentalmente um colega enquanto manuseava a arma de dentro do carro. O policial cometeu suicídio após perceber o que havia acontecido. A pistola, de acordo com a Polícia Civil, atirou acidentalmente em Matheus Oliveira Castro, de 20 anos, que morreu na hora. A vítima conversava com amigos em cima da moto, ao lado do carro que estava o soldado, no momento do acidente. De acordo com a corporação, tanto o soldado quanto a vítima estavam embriagados. 

Durante as investigações observou-se que Flávio, Matheus e os amigos tinham o hábito de se reunirem para momentos de confraternização e sempre bebiam juntos no local. O possível acidente teria acontecido após os amigos já terem decidido se retirarem do local onde aconteceu o disparo fatal contra Matheus, com posterior ato contra a própria vida do soldado.