Equipes trabalham 24h nas buscas por sobreviventes na Indonésia
Último balanço divulgado pelas autoridades registra 429 mortes e 1.459 feridos, além de desaparecidos
Com uso de drones, cães farejadores e máquinas pesadas, equipes na Indonésia procuram sobreviventes de tsunami ocorrido há quatro dias no paÃs, na região de Java. O trabalho de busca é contÃnuo. Os resgates foram prejudicados por chuvas fortes e baixa visibilidade. O porta-voz da agência nacional de buscas e resgates, Yusuf Latif, disse que as equipes conseguiram chegar a regiões mais remotadas que foram afetadas. Muitos se refugiaram em abrigos, mesquitas e escolas.
As autoridades advertiram para que os moradores fiquem longe da costa em até um quilômetro, devido ao risco de ondas altas e condições meteorológicas extremas nesta quarta-feira.
O chefe da agência de meteorologia e geofÃsica BMKG, Dwikorita Karnawati, disse que a agência está preocupada com o mau tempo que torna a cratera do Vulcão Krakatau mais frágil. Há suspeita que a erupção do vulcão pode ter causado a tsunami.
Dados
O último balanço divulgado pelas autoridades registra 429 mortes e 1.459 feridos, além de desaparecidos. A estimativa é de 16.082 pessoas foram deslocadas. As ondas gigantes destruÃram casas, hotéis e edifÃcios localizados no litoral, área turÃstica do paÃs. O desastre também acabou com um porto marÃtimo e 434 navios e embarcações nos distritos de Pandeglang e Serang, mais atingidos na provÃncia de Banten, e nos distritos de Lampung Selatan, Panawaran e Tenggamus na provÃncia de Lampung.
Estudos da Autoridade de Informações Geoespacial do Japão e do professor Toshitsugu Fujii, da Universidade de Tóquio, investigam as suspeitas de que o tsunami, registrado há quatro dias na Indonésia, foi desencadeado a partir da erupção do Vulcão Krakatau. A análise se baseia em imagens de satélite.
Foram estudadas mudanças topológicas na Ilha de Krakatau e comparadas às imagens feitas em agosto do ano passado pelo Satélite de Observação Avançada de Terra-2, conhecido como Daichi-2.
A análise revelou alterações, tais como linhas de costa desfocadas e o desaparecimento da cratera – todos indicativos de colapso do vulcão.
O professor Toshitsugu Fujii disse que o desastre deve ter sido provocado por uma avalanche de detritos no oceano como resultado da erupção do vulcão. Segundo ele, a atividade vulcânica continuada pode levar a ondas mais mortais e alertou para a vigilância contÃnua. (Agência Brasil)