Por desviar mais de 700 mil, Justiça determina o bloqueio dos bens do ex-assessor da Comurg
Ação foi proposta pelo promotor de Justiça Fernando Krebs, no início do mês de janeiro
Da Redação
Justiça decreta o bloqueio de mais de 700 mil em bens de um ex-servidor da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). juíza Nathália Arantes da Costa decretou o bloqueio de R$ 728.299,34, por dano ao erário, mais R$ 2.184.898,02, por dano moral, do ex-assessor de Tecnologia e Gestão Integrada da Comurg, Ricardo Ribeiro Gonçalves, que foi exonerado por justa causa em março de 2018.
A ação foi proposta pelo promotor de Justiça Fernando Krebs, no início do mês passado, acusando que o ex-servidor de ter emitido guias falsas de recolhimento de taxas para descarte de resíduos sólidos no aterro sanitário de Goiânia.
No processo, o promotor relata que Ricardo Ribeiro era o responsável pelo gerenciamento do sistema Gestor Online, programa usado para dar “baixa” em boletos bancários de taxas de descarte. Por meio do esquema fraudulento, o ex-funcionário cancelava as guias no sistema da Comurg, sem que as empresas beneficiárias tivessem quitado os valores, desviando os recursos públicos em proveito próprio. Segundo as apurações do MP, o dinheiro desviado dos cofres públicos, até meados de abril de 2017, é de cerca de R$ 728.299,34.
Ainda segundo Krebs, dentro da própria Comurg, no final de 2016, alguns servidores da área detectaram irregularidades ao constatarem a baixa de guias sem o devido pagamento. Devido às suspeitas, foi instaurado um processo de auditagem no âmbito da companhia para apurar as divergências e as possíveis ineficiências do sistema Gestor Online. Em decorrência das investigações, em março de 2018, Ricardo Ribeiro foi exonerado por justa causa, em razão da prática de atos de improbidade administrativa.