Caiado convida Ministro da Cidadania para participar de reunião do Gabinete de Políticas Sociais
Governador Ronaldo Caiado apresenta a Osmar Terra o recém criado Índice Multidimensional de Carência das Famílias de Goiás (IMCF)
Da Redação
Dando prosseguimento à agenda do Gabinete de Políticas Sociais, o governador Ronaldo Caiado receberá, nesta terça-feira (19), o ministro Osmar Terra (Cidadania) e secretários especiais da pasta para participar da reunião semanal do colegiado.
No encontro, que contará ainda com a presença de dez prefeitos, serão apresentados dados do Índice Multidimensional de Carência das Famílias de Goiás (IMCF) relativos aos municípios com os indicadores mais preocupantes.
Organizado pelo Instituto Mauro Borges (IMB), o indicador tem como objetivo ampliar o conceito de pobreza, entendido apenas como ausência de renda, para identificar as variadas privações, como a taxa de analfabetismo, falta de água canalizada e energia elétrica, evasão escolar e até ausência de banheiro nas moradias.
Com os estudos em mãos, o governador convidou os prefeitos das dez cidades com IMCF mais baixo para dar início às discussões conjuntas sobre ações que devem ser implementadas imediatamente. A prioridade, segundo ele, é traçar estratégias para resgatar as famílias que se encontram em grave situação de privação.
“Não é uma tese de ‘achismo’. Identificamos as crianças que estão fora da escola, o cidadão que tem uma casa em que não tem revestimento de piso, que tem as condições de habitação precárias. Nosso primeiro passo foi conhecer bem números. Agora, vamos resolver problemas que estavam trancados em computadores. O foco do nosso governo é a família goiana”, defende.
A reunião do Gabinete de Políticas Sociais, que é comandado pela primeira-dama Gracinha Caiado, terá início às 15h30, no auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, e contará com a presença dos prefeitos das seguintes cidades: Cavalcante, Colinas do Sul, Amaralina, Teresina de Goiás, Monte Alegre de Goiás, Montividiu do Norte, Santa Terezinha de Goiás, Campinaçu, Hetoraí e Matrinchã.
O objetivo é entregar o estudo realizado pelo Instituto Mauro Borges a cada um dos dez municípios e abrir o canal de diálogo permanente entre o colegiado e os prefeitos.
Para Caiado, a vinda do ministro fortalece, ainda mais, o conceito de gestão compartilhada que pretende implementar na área social. Além de Osmar Terra, estarão no encontro o secretário especial do Desenvolvimento Social, Lelo Coimbra, e o secretário especial adjunto da Cultura, José Paulo Martins.
Programação
Pela manhã, os prefeitos serão recebidos por Gracinha Caiado e pelos secretários estaduais de Educação e Desenvolvimento Social, bem como pela diretoria da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), para debater as demandas locais e encaminhar soluções conjuntas.
Neste primeiro momento, o Gabinete de Políticas Sociais concentra esforços nas dez cidades com os índices mais baixos de IMCF, de forma a mapear as famílias no chamado “risco 5” e dar prioridade às ações específicas para esse grupo.
O governador Ronaldo Caiado quer viabilizar, por exemplo, projetos para os municípios conseguirem utilizar os mais de R$ 70 milhões do Fundo Municipal de Assistência Social, que estão depositados nas contas dos municípios, que até o momento não foram utilizados e correm o risco de ser devolvidos à União.
“Não podemos desperdiçar esses recursos. Eles podem ser transformados em política social para combater as carências dos municípios dentro do que o Instituto Mauro Borges mapeou. Quero alertar o ministro e os prefeitos para que o dinheiro não seja devolvido ao governo federal”, explica.
Ministério à disposição de Goiás
Além do ministro Osmar Terra, também estarão em Goiás dois secretários especiais da pasta da Cidadania. Virão Lelo Coimbra (Desenvolvimento Social) e José Paulo Martins (Adjunto da Cultura). “O ministro está abrindo o seu ministério para Goiás, para que o Estado passe suas demandas e possam analisar no que podem nos ajudar”, acrescenta Caiado.
Já nesta terça, os secretários especiais irão se reunir em separado com os secretários de Estado para discutir as demanda de suas respectivas pastas e desenhar possíveis ações nos municípios. Para Caiado, o que é preciso agora é implantar o tratamento, ou seja, a correção de pontos para essas pessoas que estão penalizadas, vulneráveis.
“Vamos mostrar que a mesma capacidade que temos de produtividade, temos de tratar o ser humano. Se não soubermos combater as desigualdades regionais, jamais teremos um Estado com bom nível de educação, saúde e qualidade de vida”, enfatiza.