Sul e Sudeste se unem e formam consórcio para ações conjuntas
Governadores reiteraram também apoio à reforma da Previdência
Os governadores do Sul e Sudeste se reuniram em Belo Horizonte e anunciaram a criação do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), destinado a discutir pautas conjuntas entre os estados com o maior Produto Interno Bruto (PIB). No encontro, a reforma da Previdência também foi discutida.
Os temas principais para serem debatidos no Cosud serão segurança pública, combate ao contrabando, sistema prisional, saúde, desburocratização, turismo, educação, desenvolvimento econômico, logística e transportes, inovação e tecnologia.
O próximo encontro do Consórcio será realizado no dia 27 de abril, em São Paulo, com a participação dos secretários estaduais responsáveis por essas áreas.
O Cosud integra sete estados, que representam 70% da economia do país, busca a melhorar a qualidade dos serviços públicos prestados à população. Em cada estado há ações em curso que podem servir de exemplo.
O anfitrião da reunião foi governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Participaram os governadores de São Paulo, João Doria, do Espírito Santo, Renato Casagrande, do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de Santa Catarina, Carlos Moisés. O governador do Paraná, Ratinho Jr., não compareceu por dificuldades de agenda.
Resultados
Witzel disse que a criação do Cosud é um momento histórico para o Brasil. “Poderemos investir em infraestrutura, portos, aeroportos, atrair mais investimentos para gerar empregos e mais renda. Isso vai se refletir também nos parlamentares e estaremos irmanados com o objetivo de desenvolver ainda mais o nosso país.”
Para Renato Casagrande, o trabalho em conjunto entre os estados permitirá uma melhor prestação de serviços aos cidadãos. “A proximidade nossa permite que os governadores do Sul e Sudeste se articulem”, disse.
Eduardo Leite disse que a união entre o Sul e Sudeste visa aperfeiçoar a eficiência. “Teremos a oportunidade de melhorar a eficiência da aplicação de recursos”, afirmou.
Para Carlos Moisés, o consórcio resolverá “a guerra fiscal” entre os estados. “É a oportunidade de discutirmos os incentivos fiscais que hoje acabam promovendo guerra entre os estados. As regiões, juntas, falando a mesma língua, podem minimizar essa questão”, destacou.
Previdência
Zema disse que foi “reunião extremamente produtiva”. Ele relatou que os governadores demonstraram apoio à reforma da Previdência em discussão no Congresso.
“Não há como o Brasil pensar em crescimento econômico, em geração de empregos, em geração de oportunidades se nós não discutirmos, votarmos e aprovarmos a Reforma da Previdência”, afirmou Doria.
Zema reiterou apoio à proposta da Previdência. “Temos plena convicção que essa reforma antecede qualquer outra. Não adianta irmos adiante, em outras pautas, se não formos primeiramente em relação à Previdência”, disse. “O Sul e o Sudeste têm relevância, têm peso e apoiam essa reforma.”
Casagrande, que é do PSB, ressaltou que algumas questões relativas à reforma da Previdência devem ser discutidas entre ele e seu partido.
No encontro, os governadores também analisaram as medidas de combate ao contrabando e segurança nas fronteiras interestaduais, e a Lei Anticorrupção, a desburocratização do Estado e de impostos também esteve em pauta. (Agência Brasil)