Ministério Público investiga suposta atuação política na PM
Nas investigações, dois militares foram removidos do quadro em Formosa por, suposta, “intervenção política imoral, desarrazoada e não republicana”, segundo o MP-GO
Eduardo Marques
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) instaurou inquérito civil nesta quarta-feira (20) para apurar uma suposta interferência política na Polícia Militar (PM) em Formosa, Região do Entorno do Distrito Federal, a cerca de 280 km de Goiânia.
Segundo o promotor de Justiça Douglas Chegury, os capitães Luiz Jeová do Couto e Marcelo Rodrigues de Almeida e o tenente Fávio Rodrigues Pacheco foram removidos do quadro da PM no município. A remoção teria acontecido, de acordo com o MP-GO, “por meio de intervenção política imoral, desarrazoada e não republicana”, baseada nas informações recebidas até agora.
Douglas Chegury esclarece que, em tese, os fatos relatados configuram atos de improbidade administrativa, por infringirem os princípios da administração pública. “A Polícia Militar, no atual Estado Democrático de Direito, constitui Polícia de Estado e não, Polícia de Governo, sendo portanto intolerável e inadmissível quaisquer tipos de interferências políticas ou de qualquer outra natureza que não seja funcional na movimentação e no trabalho de policias militares”, justificou o promotor.
O MP-GO estabeleceu prazo de 10 dias para o comandante do 11º Comando Regional da Polícia Militar (CRPM), tenente coronel Luíz Antônio Raíza, e o comandante geral da PM, coronel Renato Brum dos Santos, prestarem informações à promotoria.
A equipe de reportagem do jornal O HOJE entrou em contato com assessoria de imprensa da PM, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno. O espaço continua aberto para apresentação da defesa da corporação.