Venceslau Pimentel*

O presidente da Assembleia, deputado Lissauer Vieira (PSB), disse ontem, em entrevista à imprensa, após a sessão ordinária, que o Poder Legislativo está ajudando o Estado de Goiás a sair da crise, ao aprovar projetos que ajudem a quitar débitos. “Estamos sempre com quórum alto, hoje (ontem) mesmo foram 38 parlamentares presentes e esta Casa nunca vai fugir da sua responsabilidade, por isso destaco a participação ativa e produtiva dos deputados na aprovação de projetos do Executivo e dos próprios parlamentares”, sustentou.

De acordo com o presidente, os 41 deputados estão sempre prontos para resolver problemas da comunidade do Estado de Goiás, e assim será durante sua gestão à frente da Presidência.

Em relação ao projeto de lei apresentado pelo deputado petista Antônio Gomide, que apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), para que o salário do servidor público estadual seja pago dentro do mês trabalhado, Lissauer Vieira, disse que se a matéria for aprovada, “vai entrar em vigor. “Vai depender do projeto ser aprovado ou não”.

Já sobre o Orçamento Impositivo, que pode ser alterado por meio de uma emenda de Talles Barreto (PSDB), que prevê, para 2020, 1,2% da receita corrente líquida do Estado para atender a essa demanda, o presidente da Assembleia explicou que sempre foi favorável, mas é preciso que haja uma proposta única. “Agora o deputado Talles Barreto propôs uma PEC dele própria com 1,2% do orçamento dedicado a isso, e tem outra da deputada Lêda Borges, emendada pelo próprio Talles, tratando do mesmo tema. Vamos conversar e excluir uma das PECs, restando apenas uma”, explicou Lissauer

Ele, no entanto, disse que o diálogo com o Executivo é importante antes da aprovação da PEC. “Precisamos ouvir o governo antes de aprovar esse percentual do orçamento participativo. Essa Casa é uma Casa do diálogo”, afirmou.

Viagem

O presidente também comentou sobre a missão oficial recente nos Estados Unidos, da qual participou, onde conheceu o projeto “Califórnia Lixo Zero”, na cidade de São Francisco. O evento, promovido pelo Instituto Lixo Zero, discutiu políticas de gestão de resíduos sólidos e propostas para o gerenciamento do lixo no Brasil, sobretudo no Estado de Goiás.

“Conhecemos vários locais que tratam bem os resíduos sólidos. Em São Francisco, nos Estados Unidos, mais de 90% dos resíduos não vão para o aterro sanitário e, sim, são reciclados. Estamos longe disso, mas precisamos conhecer para começar a implantar isso no Brasil. Essa questão ambiental é muito importante, a cultura de lá é bem diferente, o cidadão inclusive que não separa seu lixo para reciclagem é multado, aqui temos de fazer essa reciclagem de ponta a ponta porque também não adianta o cidadão separar o seu lixo e no fim ele ir todo para o aterro sanitário”, opinou. 

O presidente da Assembleia também comentou a transferência da capital para Rio Verde, que ocorrerá em abril. Em março, a Assembleia aprovou e a Governadoria aprovou um projeto de Lissauer que transfere a Capital do Estado para o município de Rio Verde, no Sudoeste goiano. O ato vai ocorrer durante a realização da Feira de Tecnologia em Agronegócio – Tecnoshow, de 8 a 12 de abril. “É a terceira maior feira do agronegócio do Brasil e essa é a principal atividade econômica do Estado. Por isso, as sedes do Poder Legislativo e Executivo serão transferidas pra lá anualmente, é nada mais do que um reconhecimento a essa importante cidade, que movimenta a economia e o turismo”. (* Especial para O Hoje)