Lissauer cobra eleição no PSB e se apresenta para disputa
Rubens Salomão
O presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira,
garante que não tem qualquer problema no relacionamento com o deputado federal
Elias Vaz ou a ex-senadora Lúcia Vânia e define que sua possível saída do PSB
seria justificada por discordar do processo de intervenção nacional no
diretório goiano, com a indicação do ex-vereador como novo presidente regional.
Antes de efetivamente cogitar a saída, o deputado de Rio Verde, cobra que a
troca no comando seja realizada de forma democrática, com eleição interna.
“Soube que o nacional poderia intervir no estadual. Respeito muito o trabalho
do deputado, mas não concordo com a forma que está sendo feito. Partido que
quer ser grande não pode fazer intervenção, a não ser que tenha algo muito
evidente e não há nada contra a ex-senadora Lúcia Vânia. É preciso ouvir os
líderes e fazer uma eleição”, afirma. Se houver disputa, o senhor se
candidataria? “Se a Lúcia renunciar, tem de ter eleição e eu considero sim
colocar meu nome à disposição do partido. Por enquanto, vou esperar”, define.
Tranquilidade
Apesar da insatisfação com a provável intervenção, Lissauer
considera que não teria problemas em acertar a saída do PSB com Elias Vaz, se
for o caso. Não há janela e ambos buscariam brecha na infidelidade partidária.
Caminhos
Elias Vaz tem optado por esperar a decisão da direção
nacional e diz que pode mesmo assumir o partido. Já Lúcia Vânia mostra que
entregou de fato a sigla e ruma, com seu grupo, para o PPS.
Caiadistas somam 26
deputados
Prestes a completar 100 dias de governo, o governador
Ronaldo Caiado (DEM) pode, enfim, contabilizar votos fiéis no plenário da
Assembleia Legislativa. Dos 41 parlamentares, 26 estão confirmados no grupo
caiadista, liderado por Bruno Peixoto (MDB), para barrar o aumento do orçamento
impositivo e aprovar projetos como a segunda parte da reforma administrativa e
as novas regras para o Passe Livre Estudantil. Os aliados são: Cairo Salim,
Rubens Marques, Vinícius Cirqueira (PROS); Humberto Teófilo e Paulo Trabalho
(PSL); Humberto Aidar, Bruno e Paulo Cezar Martins (MDB); Álvaro Guimarães,
Chico KGL, Dr. Antônio (DEM), Wagner Neto (Patriotas), Zé Carapô e Rafael
Gouveia (DC); Thiago Albernaz e Amilton Filho (SD); Júlio Pina e Charles Bento
(PRTB); além de Virmondes Cruvinel (PPS), Lissauer Vieira (PSB), Jeferson
Rodrigues (PRB), Henrique César (PSC), Diego Sorgatto (PSDB), Eduardo Prado
(PV) e Amauri Ribeiro (PRP). Até aqui são 25. O último a aderir é o
ex-marconista Henrique Arantes (PTB).
CURTAS
Impositivo –
Álvaro Guimarães apresenta amanhã na CCJ relatório para rejeitar emenda que
aumenta as emendas para 1,2% da Receita Corrente Líquida.
Prática velha –
Além disso, ganha força na base a ideia de se acabar com o impositivo em 2020.
Já tem acordo com o governo para que só aliados recebam emendas.
Condição – A
lista ainda tem Major Araújo (PRP), Iso Moreira (DEM), Cláudio Meirelles (PTC)
e Karlos Cabral (PDT), mas eles são contra a redução das emendas impositivas.
Oficial
Iris Rezende ainda rejeita a ideia, mas a executiva do MDB
tirou decisão anteontem por apoiar todos os gestores do partido que possam se
candidatar à reeleição. Maguito Vilela representou o prefeito na reunião e diz
que ainda não há plano B.
Duas canoas
A propósito, Maguito não vê incoerência agora que a bancada
do MDB na Assembleia se agasalha na base de Ronaldo Caiado (DEM), enquanto que
ele o presidente da sigla, o filho Daniel Vilela, se apresentam como
“referência” da oposição.
Posição natural
“O partido foi derrotado na eleição de 2018 e, por isso,
deve fazer oposição, mas de forma responsável. Os deputados têm toda a
liberdade para defenderem o melhor para Goiás com seus mandatos. Têm
independência”, garante o ex-governador.
Carona
A deputada federal Flávia Morais (PDT) pretende pegar carona
no sucesso nacional da correligionária Tabata Amaral (SP), que se destacou em
vídeo descascando o ministro da Educação Ricardo Vélez, em reunião na Câmara
Federal.
Nas redes
“Gosto muito da deputada Tabata e vamos gravar nesta semana
um vídeo para Goiás sobre as demandas da Educação”, se aproveita a coordenadora
da bancada goiana.
Queda iminente
Vai cair a lei aprovada pela Câmara Municipal
que proíbe fogos de artifício ruidosos em Goiânia. Além de ação da prefeitura
na Justiça, já há entendimento no STF. O ministro Alexandre de Moraes derrubou
texto idêntico aprovado em São Paulo.