Justiça goiana recebe denúncia contra envolvidos por supostos desvios no Imas
Grupo é investigado por supostamente lançar procedimentos médicos falsos em clínica de fachada para receber os valores indevidos
Eduardo Marques
A Justiça goiana recebeu a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) contra seis acusados de supostamente falsificar ou usar documentos adulterados e desviar verbas do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas). Um deles é o presidente afastado do órgão, Sebastião Peixoto.
O juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 4ª Vara Criminal de Goiânia, foi quem recebeu a denúncia na última quinta-feira (11). Segundo o magistrado, as investigações do órgão apontam que há indícios de que o grupo formava uma organização criminosa que usava documentos falsos para se apropriar de dinheiro público.
Caso
Conforme o MP-GO, as investigações começaram em junho de 2018, quando servidores da Prefeitura de Goiânia começaram a denunciar registros de procedimentos médicos que nunca haviam feitos pelo Imas. O órgão apurou que essas consultas e exames eram lançadas com uso de documentos falsos em uma clínica de fachada que tinha convênio com o Instituto, mas que pertenceria a membros da suposta organização criminosa.
Ainda durante a apuração do MP, foram identificados lançamentos de exames para pessoas que já morreram, por exemplo. O órgão denunciou ainda que clínica de fachada não tem funcionários nem sede, mas tem convênio de R$ 10 milhões com o Imas até 2021.Todos conseguiram liberdade dias depois.
A equipe de reportagem do Jornal O HOJE não localizou as defesas de Sebastião Peixoto e os demais envolvidos para pedir um posicionamento do caso, mas esclarece que o espaço continua aberto para apresentações das mesmas.