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sábado, 23 de novembro de 2024
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Foco Econômico

Perda de transferências da União amarra crescimento da arrecadação no Estado

Lauro Veiga

Postado em 24 de abril de 2019 por Sheyla Sousa
Perda de transferências da União amarra crescimento da arrecadação no Estado
Lauro Veiga

A
arrecadação bruta estadual encerrou o primeiro trimestre deste ano com variação
pífia de 0,36% na comparação com os três primeiros meses de 2018, oscilando de
pouco menos do que R$ 5,650 bilhões para alguma coisa abaixo de R$ 5,670
bilhões, num acréscimo de receita de apenas R$ 20,187 milhões. O percentual
anotado pela Secretaria de Economia sequer repõe a variação dos preços no
período, impondo uma redução das receitas em termos reais. As transferências de
recursos da União para o Estado continuam sendo a principal fonte de dificuldades
sob ponto de vista da arrecadação, em queda drástica na comparação com o ano
passado, não justificada pelo comportamento dos dois principais impostos
federais.

No
primeiro trimestre deste ano, as transferências somaram R$ 874,284 milhões,
diante de quase R$ 1,310 bilhão no acumulado de janeiro a março de 2018, num
tombo de 33,25% a valores nominais. Só nessa conta a arrecadação sofreu perda
de R$ 435,470 milhões. Para comparação, a arrecadação combinada dos impostos
sobre a Renda (IR) e sobre Produtos Industrializados (IPI) cresceu 11,65% na
comparação entre os dois trimestres, avançando de R$ 114,204 bilhões para R$
127,514 bilhões (ou seja, R$ 13,310 bilhões a mais). Os dois impostos ajudam a
compor a base de cálculo para as transferências constitucionais da União a
Estados e municípios, parcela mais relevante das transferências
intergovernamentais.

A
não correspondência entre os dois números sugere que teria ocorrido cortes mais
severos em outros tipos de transferências, especialmente aquelas voluntárias,
relacionadas a convênios, a fundos especiais e a outros contratos.

Principal fonte

A
arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),
principal fonte de recursos do Estado, tropeçou em março, recuando 1,27% em
relação a fevereiro, e atingiu R$ 1,314 bilhão (o valor mais baixo no
trimestre, provavelmente influenciado pelo feriado do carnaval). Mas cresceu
13,7% em relação a março do ano passado. No primeiro trimestre deste ano, a
receita do imposto chegou a praticamente R$ 4,120 bilhões, diante de R$ 3,689
bilhões em igual intervalo de 2018, correspondendo a um crescimento de 11,7%. O
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) avançou 11,1% no
trimestre, passando de R$ 253,591 milhões em 2018 para R$ 281,837 milhões neste
ano.

Balanço

·  
Em
nota divulgada na sexta-feira, 19, a Enel Distribuição Goiás apresentou os
seguintes esclarecimentos a respeito do balanço financeiro:

·  
Em
2018, “os índices que medem a duração (DEC) e a frequência (FEC) das
interrupções no fornecimento de energia melhoraram, respectivamente, 18,9% e
27,2%. A duração das interrupções atingiu o melhor patamar desde 2011, em
função do maior volume de investimentos realizados para modernização e
ampliação da rede de distribuição. Desde 2017, a Enel Distribuição Goiás tem
investido 3,5 vezes mais no Estado, em relação aos níveis históricos destinados
pela companhia quando ainda era estatal.”

·  
“No
ano, o lucro decorrente das atividades operacionais foi de R$ 252 milhões. Adicionalmente,
a companhia registrou um resultado positivo de R$ 1,29 bilhão, extraordinário e
não recorrente, relacionado a créditos fiscais com a Receita Federal relativos
a prejuízos que foram acumulados pela distribuidora durante o período em que
ainda era estatal. Estes créditos fiscais, que não têm relação com os
resultados operacionais da empresa e não possuem efeito no caixa, poderão ser
compensados futuramente de Imposto de Renda e Contribuição Social que for
devido”.

“O reconhecimento dos créditos fiscais é
importante para o fortalecimento do balanço contábil da companhia, permitindo
que a empresa tenha capacidade de buscar fontes de financiamento mais adequadas
para a sua atividade operacional e seus investimentos futuros, tornando-a mais
sustentável para atingir os compromissos de melhoria na qualidade dos serviços.” 

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