Presidenta do Sintego é rejeitada em indicação no Conselho Estadual de Educação
Matéria causou polêmica em função de um suposto apoio da educadora à inclusão do debate sobre ideologia de gênero nas escolas públicas
Eduardo Marques
Os deputados estaduais rejeitaram na tarde desta terça-feira (30) com 16 votos favoráveis, 12 contrários e uma abstenção a indicação da presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, para compor o Conselho Estadual de Educação, como representante do Fórum Estadual de Educação. A matéria constava do processo nº 1670/19, de autoria da Governadoria, e causou polêmica entre os parlamentares em razão de um suposto apoio da educadora à inclusão do debate sobre ideologia de gênero nas escolas públicas.
Líder do Governo, o deputado Bruno Peixoto (MDB) lamentou a não aprovação do projeto de lei e disse que foi uma decisão da bancada evangélica. De acordo com ele, o Governo era favorável em relação à indicação da educadora. “Eu, como líder do Governo, pedi votos para a bancada do Governo para aprovar a indicação da professora, mas predominou a posição da bancada evangélica”, afirmou o emedebista.
Os deputados Lucas Calil (PSD) e Delegada Adriana Accorsi (PT) lamentaram a rejeição da indicação do nome da professora. O deputado Jeferson Rodrigues (PRB) disse que votou contrário à indicação por orientação da bancada evangélica e que não foi um posicionamento pessoal em relação à educadora.
A indicação foi rejeitada porque precisava, regimentalmente, de pelo menos 21 votos – ou seja, maioria absoluta dos deputados estaduais. Um grupo de professores ligados ao Sintego acompanhou a votação em plenário e lamentou a não aprovação do nome da ex-presidente da entidade para uma vaga no Conselho de Educação.
O Jornal O Hoje entrou em contato com a assessoria da presidenta, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno, porém o espaço continua aberto.