PSB de Elias Vaz já aplica dois pesos e duas medidas
Rubens Salomão
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Goiás inicia
trabalho sob a presidência do deputado federal Elias Vaz e mostra postura
divergente em relação a situações semelhantes. O próprio novo presidente, que
assumiu depois de intervenção da direção nacional para retirar a ex-senadora
Lúcia Vânia, admite a realização de acordo para breve desfiliação do vereador
Oséias Varão, sem exigir o mandato. O representante da Assembleia de Deus
assumiu a liderança de Iris Rezende (MDB) na Câmara Municipal, enquanto Elias segue
na oposição ao Paço e estrutura pré-candidatura na Capital. “Já conversamos e
vamos fazer uma saída negociada dele para outro partido porque, definitivamente,
ele nunca teve orientação do PSB”, afirma o deputado federal. No entanto, o
presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, não recebe o mesmo
tratamento, mesmo deixando clara a insatisfação depois da troca de comando do
partido. “Fiz essa proposta de acordo e a direção não aceitou. Agora é esperar
uma janela”, conta Lissauer.
Tempo perdido
Na última semana, Elias e o presidente nacional do PSB,
Carlos Siqueira, tiveram conversa reservada com Lissauer e almoçaram juntos.
“Explicaram a versão deles, mas não me convenceram. Discordo totalmente dessa
postura”, define o deputado.
Ao futuro
Lissauer Vieira só terá janela partidária para a eleição de
2022. Até lá, o PSB na região sudoeste deverá passar por profundas mudanças com
a saída do grupo político do presidente da Alego, que se prepara para as
disputas municipais.
Péssimo realismo
A ilusão de que o resultado da eleição de 2018, sendo
favorável a Jair Bolsonaro (PSL) já seria, por si só, um sinal positivo para o
mercado e para a retomada do crescimento do Brasil, caiu por terra diante da
realidade dos fatos. A recessão continua a mostrar números piores na produção
do país e na retração em empregos. Tanto que a equipe econômica em Brasília já trabalha
com previsão de crescimento de 1,5% neste ano, segundo confirma o próprio ministro
da Economia, Paulo Guedes. Em audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO),
ele disse que a reformulação de expectativas diante da demora na aprovação da
reforma da Previdência justificou a revisão das estimativas. “As hipóteses já
foram superadas desfavoravelmente. Quando o cenário foi feito em abril, havia
expectativa de que a reforma tivesse rapidez e haveria mais rapidez na
recuperação econômica, com 2,7% de crescimento”, disse o ministro. “Temos uma
economia que pode se recuperar com certa rapidez se fizer reformas. As
estimativas de crescimento já caíram para 1,5%”.
CURTAS
Liquidez – Diante
da redução na estimativa do PIB, técnicos do Ministério da Economia apontam
contingenciamento no orçamento da União em R$ 10 bilhões.
#Fake – Carlos
Bolsonaro postou vídeo antigo de Major Araújo e, veja só, chegou a dizer que o
deputado goiano é do PT. Só que ele está filiado ao próprio PSL.
Entenda – Araújo
defendeu a PM durante a operação Sexto Mandamento e apresentou projeto para
desarmar a polícia. Não conseguiram entender a ironia.
Em votação
O líder da base governista na Assembleia Legislativa, Bruno
Peixoto (MDB) acatou a maior parte das emendas de deputados ao projeto de segunda
parte da reforma administrativa. O texto, alterado, foi aprovado ontem pela
Comissão Mista.
Remuneração
O principal debate com aliados foi pela proposta tirar
gratificação de servidores no Vapt Vupt. O adicional foi mantido, mas não para
os casos de unidades padrão, como os setores de atendimento no Detran e na
Secretaria de Meio Ambiente.
Meio ambiente
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) estará no lançamento do
projeto “Juntos Pelo Araguaia”, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
O evento ocorre no dia 5 de junho, na ponte entre Barra do Garças (MT) e
Aragarças (GO).
Coisa nossa
A ação foi idealizada pelo governo goiano para revitalizar a
bacia do Rio Araguaia, em convênio com a União e Mato Grosso. A propósito,
Caiado teve reunião nesta semana com o deputado Zacharias Calil e o prefeito
Hermano, de Aruanã.
Debate
Termina hoje a 36ª semana do Assistente Social, realizada em
auditório da Câmara Municipal. Os profissionais debatem a ameaça de redução do
valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC), prevista na reforma da
previdência.
Impacto direto
As mudanças atingem idosos e pessoas com deficiência. O assunto
é caro para o setor de assistência social do INSS, parte responsável por
avaliar o direito a o benefício.