UEG terá autonomia, garante líder
Líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Bruno Peixoto reafirmou, em entrevista à imprensa, que não haverá imposição política do governo na universidade
Venceslau Pimentel*
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (MDB), disse ontem que o governador Ronaldo Caiado (DEM) não vai interferir na gestão da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que passa por um processo de redesenho em sua estrutura administrativa.
“O governo não intervém de maneira nenhuma na gestão da UEG. Ele respeita a decisão e a autonomia administrativa e técnica”, disse durante audiência pública realizada ontem na Assembleia Legislativa, que discutiu as mudanças que ocorrerão na estrutura da universidade.
Peixoto reafirmou, em entrevista à imprensa, que não haverá imposição política do governo na UEG, ao contrário do que ocorria nos governos passados, segundo afirmou. “Nós sabemos que vários campi foram abertos, no governo do PSDB, de acordo com a parceria política da cidade. Este governo não agirá assim. Agirá com respeito à UEG, sem intervenção política”, garantiu.
Ainda de acordo com o líder do Governo, a universidade terá autonomia para decidir, por exemplo, em relação a cursos oferecidos nas unidades no interior, se a demanda justifica cursos presenciais ou à distância. Ele afirmou que nenhum campus será fechado.
Essa garantia também foi dada pelo reitor da UEG, Ivano Alessandro Devilla, que participou da audiência pública e foi questionado pelos deputados sobre o redesenho da universidade. No entanto, ele adiantou que mudanças devem acontecer da estrutura administrativa. “Eu acredito que isso tudo vai ser discutido nessa proposta de reestruturação, como, por exemplo, a presença da UEG nessas cidades. Dos campus que estão em funcionamento, nenhum será fechado”, assegurou Devilla. “O que está sendo discutido é como a UEG estará presente. Se continuará com curso presencial, se será curso à distância ou alguma outra modalidade”, explicou.
De acordo com Ivano Devilla, o estudo de reestruturação deve ser finalizado em julho, mas nenhuma mudança deve acontecer antes agosto, quando haverá eleição para a reitoria da UEG. Antes da divulgação do relatório final, o estudo será levando ao conhecimento do conselho universitário da universidade.
O deputado Tião Caroço (PSDB) questionou a respeito do possível fechamento de campus da universidade no interior do estado e disse que a situação tem preocupado os parlamentares.
Já o deputado tucano Talles Barreto, que preside a Comissão de Educação, indagou sobre as dívidas da universidade e foi informado de que a UEG tem, atualmente, saldo negativo de restos a pagar de exercícios anteriores, na ordem de R$ 18 milhões.
Dotação orçamentária
Durante a audiência pública, o reitor da UEG pediu o apoio dos deputados ao projeto de reestruturação da universidade, bem como reforço orçamentário com a apresentação de emendas para a dotação orçamentária de 2020.
Em resposta a indagações de deputados, Ivano disse que o Executivo tem feito o repasse mensal mínimo de 2% estabelecido na Constituição, e sem atraso.
Nas contas do líder do Governo, Bruno Peixoto, o orçamento da UEG gira em torno de R$ 400 milhões por ano. Apesar desse volume de recursos, ele propõe parceria com os municípios que sediam unidades da universidade, como forma de ajudar a arcar com os custos financeiros. “Por que não os municípios não ajudarem a UEG?”, indagou.
Com sede administrativa em Anápolis, a UEG oferece 52 cursos em 39 cidades, perfazendo um total de 142 cursos de graduação, sendo 19 cursos de tecnologia, 77 cursos de licenciatura e 32 cursos de bacharelado, organizados em 42 campus.
Saiba onde Estão localizadas as unidades da UEG
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