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sábado, 23 de novembro de 2024
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PROTESTO

Estudantes realizam manifesto em Goiânia contra corte de verbas na Educação

Este é o segundo protesto contra bloqueio de recursos proposto pelo Governo Federal

Postado em 30 de maio de 2019 por Leandro de Castro Oliveira
Estudantes realizam manifesto em Goiânia contra corte de verbas na Educação
Este é o segundo protesto contra bloqueio de recursos proposto pelo Governo Federal

Foto: Eduardo Marques

Eduardo Marques

Cerca de 15 mil pessoas entre estudantes, professores e servidores públicos realizaram na tarde desta quinta-feira (30) uma manifestação pacífica contra o contingenciamento de recursos para educação pública federal e a Reforma da Previdência. Este é o segundo grande protesto contra o Governo Bolsonaro. Iniciado na Praça Universitária, o ato seguiu em direção à Praça dos Bandeirantes, no centro da capital. A Polícia Militar (PM) acompanhou a caminhada, mas não informou o cálculo do público. 

Segundo os manifestantes, boa parte das pesquisas e das condições de estudo serão prejudicadas pela falta de recursos para estrutura, laboratório e assistência estudantil, como bolsas e restaurantes universitários. 

“Diversos reitores e dirigentes de instituições de ensino já declararam que as mesmas podem parar de funcionar até a metade do ano se os cortes não forem revertidos”, disse Stefany Kovalsky, diretora nacional da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). 

“A dita balbúrdia produz 90% da ciência do nosso país, nós não aceitaremos o sucateamento das nossas Universidades e Institutos Federais”, ressaltou uma das manifestantes ao repudiar uma declaração do ministro da educação Abraham Weintraub. 

Paralelamente contra o bloqueio de verbas para a educação federal, os estudantes também protestaram em oposição ao que eles dizem “corte” de recursos da Universidade Estadual de Goiás (UEG). De acordo com alguns deles, o governador Ronaldo Caiado (DEM)  “cortou 30% do orçamento e exige que 80% dos servidores temporários sejam demitidos, além do fechamento de alguns Campus da instituição”.

Segundo Stefany Kovalsky, a UEG pertence ao Estado de Goiás e ao povo goiano. “A UEG é um patrimônio de Goiás, trouxe a interiorização do ensino superior no Estado com 41 Campus em 39 cidades e a possibilidade de mais de 120 mil pessoas acessarem a universidade”, disse a diretora da Ubes. 

Também contrários à Reforma da Previdência, os manifestantes afirmaram que, caso seja aprovada, a medida prejudicará os brasileiros. “Essa Reforma apresenta várias tragédias para juventude brasileira. O desastre de desproteção na velhice fica clara, quando se propõe idade mínima de 65 anos para se aposentar e contribuição de 49 anos”, destacou uma estudante que não quis se identificar. 

Para ela, essa Reforma “expulsa a juventude da escola e a empurra precocemente para o mercado de trabalho em decorrência do imperativo de sobrevivência financeira das famílias que não mais terão acesso à renda previdenciária e assistencialista para complementar o orçamento familiar”, disse.

O movimento contou também com apoio de lideranças políticas e filiados ao PCdoB, PT, PSOL, além de diversas entidades sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego).

 

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