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domingo, 24 de novembro de 2024
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Estado

Rombo da Previdência em Goiás aumenta

Projeção do Regime Próprio da Previdência Social indica crescimento de R$ 77 milhões até o fim do ano

Postado em 22 de junho de 2019 por Leandro de Castro Oliveira
Rombo da Previdência em Goiás aumenta
Projeção do Regime Próprio da Previdência Social indica crescimento de R$ 77 milhões até o fim do ano

Foto: Divulgação 

Raphael Bezerra

O Regime Próprio de Social (RPPS) do Estado de Goiás sofreu um aumento de 56% em relação ao mesmo período do ano passado. O rombo nas contas públicas do estado chegou a R$ 1.3 bilhão neste período, consumindo 17,44% da arrecadação nos quatro primeiros meses do ano. A GoiásPrev projeta ainda um acréscimo de R$ 77.830 milhões caso os 11.989 servidores e militares do Poder Executivo fiquem inativos até dezembro de 2022. Estima-se que até o final do ano sejam acrescentados nas contas do mesmo mais de 9.270 civis além de 2.728 militares.

A folha de inativos e pensionistas de maio deste ano girou em torno de R$ 423.960 milhões. São 66.673 mil beneficiados, divididos entre 55.097 inativos e 11.576 pensionistas. O aumento das despesas previdências do RPPS se dá, segundo a GoiásPrev, através “do inegável aumento da expectativa de sobrevida da população e às novas concessões de aposentadorias”, explica.

O RPPS que contempla os servidores da ativa e inativa além de pensionistas do serviço público registrou um déficit de R$ 1,3 bilhão nos primeiros quatro meses deste ano. O valor corresponde a 17,44% da receita corrente líquida no mesmo período. 

Para frear o rápido crescimento dos gastos previdenciários, uma reforma do regime é fundamental. Entretanto, um impasse no Congresso Nacional pode dificultar os planos dos governos estaduais. Com a retirada dos estados e municípios do relatório da Previdência, os estados levarão mais tempo para implementar suas reformas. “Voltando a novas admissões via concurso, sabemos ser uma solução em longo prazo, considerando o momento fiscal vivenciado pelo estado, e a política de contenção de despesas adotada pela gestão estadual”, completa a nota.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (Democratas), tem apostado na manutenção dos estados e municípios no texto da reforma. Retirado da pauta pelo relator da matéria na Câmara dos Deputados, a última alternativa será a articulação com os deputados federais para a inclusão da matéria na pauta. Entretanto, os deputados federais não querem assumir o desgaste de aprovar uma matéria polêmica e impopular enquanto os governadores não deixam claro o seu apoio à reforma. 

O deputado federal, delegado Waldir, foi um dos deputados que apoiou a retirada dos estados e municípios do texto, pois, segundo ele, os governadores não têm se empenhado em apoiar a reforma. Eleito pela base do governador e do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), Waldir diz que seu rompimento com o governo de Goiás é “incontornável”.

 

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