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domingo, 24 de novembro de 2024
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Alerta

Aplicativo FaceApp pode abrir porta para abusos com dados dos usuários

Para especialistas, aplicativo traz uma série de riscos e viola a legislação brasileira

Postado em 16 de julho de 2019 por Leandro de Castro Oliveira
Aplicativo FaceApp pode abrir porta para abusos com dados dos usuários
Para especialistas

Nova febre das redes sociais nos últimos dias, o aplicativo Faceapp, ferramenta de edição e simulação das faces em idades mais avançadas ou em outros gêneros, pode abrir espaço para abusos no uso e compartilhamento dos dados de seus usuários. Com nota 4,5 de 5, o app já chegou perto de 1 milhão de downloads. 

A política de privacidade do app traz informações sobre quais dados são coletados e quais são os usos possíveis. Segundo o documento, são acessados as suas fotos e “outros materiais” quando você posta. Quais outros materiais? O documento não detalha. A empresa adota serviços de análise de dados (analytics) de terceiros para “medir as tendências de consumo do serviço”. O que isso significa? Não fica claro.

A diretora da organização Coding Rights, Joana Varon, avalia que o uso do aplicativo traz uma série de riscos e viola a legislação brasileira ao afirmar que poderá ser regido por leis de outros países, inclusive o Artigo 11º do Marco Civil da Internet (Lei Nº 12.965). Joana considera a política de privacidade do FaceApp muito permissiva, uma vez que não é possível saber quais dados serão utilizados, como e por quais tipos de empresas. 

Entretanto, ela acrescenta que certamente a empresa responsável e seus “parceiros” trabalham os registros reunidos para alimentar sistemas de reconhecimento facial, uma vez que o app gera um poderoso banco de dados, não só de fotos dos usuários como de outras pessoas para as montagens (como de amigos ou de celebridades).

Joana diz ainda que isso resulta em um problema grave, uma vez que as tecnologias de reconhecimento facial têm se mostrado abusivas, como nas aplicações de segurança pública. As preocupações levaram cidades a banir esse tipo de recurso, como San Francisco, nos Estados Unidos, ou São Paulo, que proibiu o uso da tecnologia no metrô. (Agência Brasil)

 

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