Advogados de João de Deus deixam o caso
Apesar da renúncia, em nota os defensores dizem acreditar na inocência do médium
Da redação
Os nove advogados de João Teixeira de Faria, o médium conhecido como João de Deus, emitiram uma nota nesta quarta-feira (24), anunciando a renuncia de ambos ao caso, depois de sete meses de trabalho. Um deles, o advogado Alberto Toron, disse que o acusado tem até 10 dias para procurar uma nova defensoria, até lá os atuais continuam na responsabilidade do médium.
A nota não deixa claro o motivo da renúncia, no entanto, os advogados reforçam que acreditam na inocência de João de Deus. “Reiteramos nossa confiança na inocência do Sr. João”.
Além disso, os advogados citam na nota como injustiça manter o médium preso e sem cuidados médicos necessários antes da condenação final. “Repudiamos a irreparável injustiça de manter preso um homem doente, de 77 anos, que ainda aguarda o veredicto sobre as acusações”. A nota termina com um voto de esperança, “confiamos que em breve a verdade e a justiça sejam estabelecidas”.
Os advogados que se renunciaram foram: Alberto Toron, Alex Neder, Luíza Moraes Abreu, Renato Martins, Paulo Sérgio Coelho, Giovana Piava, André Perasso, Eduardo Macul e Robert Koller.
O acusado João Teixeira de Faria é acusado de 11 denúncias no Ministério Pública, sendo nove por abusos sexuais e duas por posse ilegal de arma. O médium está preso há mais de sete meses, desde o dia 16 de dezembro de 2018, no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia.