Governo Federal acelera liberação de novos agrotóxicos
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) busca encerrar a fila de pedidos de autorização de pesticidas e herbicidas para a agricultura.
Nielton Soares
Governo Federal liberou o uso de novos
agrotóxicos no país. O anúncio foi feito pela ministra da Agricultura, Tereza
Cristina, nesta segunda-feira (5). Segundo ela, a liberação dos pesticidas não
coloca em risco a saúde dos consumidores e nem prejudica o meio ambiente. A autorização
dos novos produtos foi acelerada pela sua pasta. Já na última quarta-feira (31),
foi publicado no Diário Oficial da União o marco regulatório para agrotóxicos
no Brasil.
A ministra argumentou que os pesticidas
e herbicidas registrados no Brasil são usados em outras partes do mundo. Ela
disse que os procedimentos de liberação não foi alterado, mas apenas houve rapidez,
isso para encerrar a fila de pedidos de autorização. Para isso, o Mapa contou com a colaboração de profissionais como
pesquisadores da Embrapa. Tereza Cristina comentou, após a abertura do Congresso
Brasileiro do Agronegócio, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) está empenhada para resolver os casos que deixam o Brasil atrasado em
relação aos outros países.
Já o marco regulatório para
agrotóxicos anunciado na última semana busca atualizar e dá maior clareza aos
critérios adotados para avaliação e classificação toxicológica dos produtos. O
documento se resume por três resoluções e uma instrução normativa. Nele estão
previstas alterações nos rótulos e nas bulas dos agrotóxicos, definindo regras
para a disposição de informações, palavras e imagens de alerta para os
consumidores.
Desmatamento acelerado
A ministra Tereza Cristina criticou
como o tema do desmatamento está sendo abordado atualmente. Ela defendeu o
discurso do Governo Federal nas publicações feitas pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe). A análise é constatada a partir das informações do
Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter). Apenas no mês de
junho deste ano apontou um aumento de 88% na derrubada da floresta, em
comparação ao mesmo período de 2018, tendo perdas de 920,4 quilômetros
quadrados de mata.