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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Reformulação

Plano Diretor é prioridade do Paço

Líder do prefeito na Câmara Municipal, Oseias Varão, diz estar animado para o início das discussões do projeto encaminhado pelo executivo

Postado em 6 de agosto de 2019 por Sheyla Sousa
Plano Diretor é prioridade do Paço
Líder do prefeito na Câmara Municipal

Raphael Bezerra

O projeto do Poder Executivo de Goiânia que altera o Plano Diretor do município deve começar a tramitar após a apreciação da Procuradoria da Câmara Municipal de Goiânia. O texto foi encaminhado pelo prefeito Iris Rezende (MDB) para o presidente da Câmara, Romário Policarpo (Sem partido), mas ainda não foi lido em Plenário. A matéria é considerada como prioritária pelo líder do Paço na Câmara.

A expectativa é que o projeto seja lido pelo primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara, Jair Diamantino (PSDC), na primeira sessão plenária do segundo semestre, que tem início nesta terça-feira (6). Embora seja apresentada aos vereadores, o presidente da Casa só deve liberar o projeto para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) após a análise da Procuradoria da Casa.

O líder de Iris na Câmara, Oséias Varão (PSB), diz que a matéria é a prioridade do governo municipal. “Não há uma lei que se aproxime da importância para a cidade como o Plano Diretor. Eu estou animado, acredito que temos um projeto gratificante para os vereadores que poderão mostrar sua relevância, pois tem um impacto determinante na vida dos cidadãos goianos”, afirma ao O Hoje.

O líder garante articulação para que a tramitação da matéria ocorra o mais breve possível, com a contribuição de seus pares. “A gente espera que os vereadores se envolvam e se comprometam com um bom debate da pauta. Vamos realizar audiências públicas para que os diversos segmentos da população possam opinar para a formulação de um texto justo para todos”, completa.

Oséias acredita que há dois pontos polêmicos no projeto que tratam da situação urbana e a parte que altera as normas para construções. “Esses pontos mexem na estrutura econômica, principalmente do mercado imobiliário, da cidade e deve ser muito bem discutido”, sinaliza.

O vereador Andrey Azeredo (MDB) acredita que os pontos que deverão gerar maiores discussões e debates serão relacionados ao desenvolvimento da cidade baseado no transporte coletivo e o uso do solo. “Esses temas têm repercussão direta a limitação de construções em alguns pontos da cidade. Nós queremos que seja uma cidade com um crescimento uniforme em todas as regiões e que seja de forma orgânica e sustentável”, diz.

Andrey sinaliza que o Plano Diretor será o principal “diploma” que os vereadores eleitos em 2016 terão após a discussão e aprovação da matéria. “Ele mexe com toda a cidade e todos os seguimentos produtivos, sejam os pequenos ou os grandes. Embora ele facilite a geração de empregos e de empreender além de direcionar um crescimento consolidado que pode trazer uma qualidade de vida melhor para os goianienses”, garante.

“Não deve haver polarização”, afirma Sabrina Garcêz

A vereadora Sabrina Garcêz (PTB), que se posiciona de oposição, acredita que não deverá haver uma polarização das discussões do Plano Diretor de Goiânia. “Isso está muito acima de vereadores, prefeitura, oposição e base, pois prospecta a cidade para, pelo menos, os próximos 10 anos”, analisa.

Embora acredite na importância do projeto para a expansão saudável da cidade, Garcêz diz que a matéria foi “tímida” em algumas proposições. “Uma questão que eu, particularmente, vou tratar é sobre a descentralização dos postos de trabalho. Goiânia tem perdido muitos negócios e, consequentemente, muitos postos de trabalhos devido à centralização dos polos industriais”, sinaliza.

Para ela, os polos industriais não se baseiam apenas em industrias que geram poluição. “Temos que pensar que há empresas de tecnologia que podem contribuir para a geração de emprego que não necessariamente há poluição e Goiânia tem perdido cada vez mais esse tipo de atração”, explica.

A vereadora acredita que é preciso estimular a geração de empregos em diversas regiões do município. A descentralização, segundo ela, pode ser estimulada com a vocação que cada região tem para produzir ou empreender.

 

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