Bolsonaro defende Coaf no Banco Central em nova reforma administrativa
O presidente entende que o órgão na instituição financeira será mais independente do “jogo político”.
Nielton Soares
O presidente Jair Bolsonaro defendeu, nesta sexta-feira (9), que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) seja veiculado ao Banco Central (BC). Segundo ele, isso é uma maneira de evitar que o órgão continue a sofrer pressões políticas. Antes, a reforma administrativa do Governo Federal previa a transferência do órgão para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A medida, entretanto, foi rejeitada pelo Congresso Nacional, que o manteve subordinado ao Ministério da Economia.
Segundo o presidente, o intuito dessa nova medida é tirar o Coaf do jogo político. “Caso vá para o BC, o Coaf fará seu trabalho sem suspeição de favorecimento político. Se for no BC quem vai decidir é o Roberto Campos [presidente do BC]”, disse. A justificativa é que na instituição financeira o Coaf tenha um quadro funcional efetivo. E, outra intensão é que seja alterado o nome do Conselho.
Imposto
Bolsonaro negou novamente a sinalização de se criar uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Mas, o presidente defendeu uma desburocratização do Imposto de Renda, buscando diminuir a alíquota de 27,5% e evitar as inúmeras deduções feitas com reapresentações de notas fiscais de despesas com saúde e educação.