Governo de Goiás e Prefeitura de Goiânia se reúnem para discutir privatização do Eixo Anhanguera
CMTC espera que, em um ano, linha de ônibus já esteja funcionando sob a nova administração| Foto: Lucas Diener
Eduardo Marques
O Governo de Goiás e a Prefeitura de Goiânia se reuniram nesta terça-feira (13) no Palácio Pedro Ludovico para discutir sobre a privatização do Eixo Anhanguera. Segundo os representantes, a medida não causaria aumento da passagem e as linhas continuariam atendendo a outras cidades da Região Metropolitana.
“A Metrobus faliu e o povo está sofrendo com isso há cinco anos. O Estado e a prefeitura querem privatizar. Foi apresentado um estudo e representantes das duas partes vão analisar a melhor forma de fazer isso para que seja feita uma nova licitação para a concessão do Eixo”, disse o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB).
O governador Ronaldo Caiado (DEM) explicou que o Estado não tem condições para arcar com os custos da empresa. “O Estado não tem como arcar com os custos e as melhorias do transporte coletivo. Não cabe ao Estado estar envolvido em troca de motor, pneu, de ônibus”, disse.
Ainda é necessário avaliar questões legais. A expectativa da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) é que em 60 dias haja uma definição sobre esse processo e que em julho de 2020 o Eixo Anhanguera já esteja funcionando sob a nova concessão. “Esse trâmite levaria aproximadamente 60 dias. Depois poderíamos começar o processo licitatório que, acredito, deve ser concluído até julho do ano que vem”, detalhou o presidente da CMTC, Benjamin Kennedy.
A Prefeitura de Goiânia é, originalmente, a responsável por administrar a linha. Porém, em 1976, um contrato transferiu a concessão para a esfera estadual. Agora, o governo quer devolver a linha para o município.
Para a administração municipal, a instabilidade econômica na empresa ocorreu em função dos subsídios e gratuidades na passagem. “O dia que inventaram moda dando passe livre para essa ou para aquela categoria começou anarquizando e a Metrobus está praticamente falida”, disse. Iris ainda frisou que considera a empresa falida devido ao tempo de espera nos terminais e lotação dos veículos. “Isso levou ao governador entender que não cabe a um poder público ficar administrando uma linha de ônibus”, ressalta.