Pode ser a perda de um companheiro querido, a mudança de ambiente, a chegada de um novo animal ou até mesmo, a solidão na maior parte do tempo. São vários os fatores que podem desenvolver a depressão nos animais. Os sintomas nos pets, segundo profissionais, não são eventuais ou isolados, sendo na maioria das vezes recorrentes. Assim como os humanos, os pets também demonstram alteração de comportamento. Por exemplo, um animal que se comportava de maneira dócil, e passa a ter uma atitude agressiva sem motivo aparente.

Alguns fatores auxiliam para que os animais desenvolvam a depressão. Sendo que entre os fatores estão: Maus tratos e traumas provocados por uma experiência ruim em clinicas. Os pets refletem o seu comportamento de acordo com o ambiente onde estão. Sendo assim, é muito importante saber que ao adotar um animal de estimação, ele necessita de muita atenção e cuidados. A medica veterinária Juliana Maciel Vieira explica que é importante os cuidados com a mudança na rotina do animal. “Já que foi estipulada uma rotina para o animal, devesse fazer o possível para manter o cronograma, ou ir aos poucos adaptando o animal a mudança. É importante não excluir o animal do dia a dia, como em situações de chegada um bebê ou um outro animal”, informa a médica. 

O stress também é um agravante da depressão nos animais, pois afeta o estado físico e emocional dos animais. Segundo o medico veterinário Suair Campos,  é importante se ter cuidados com a sanidade do animal. “ Devemos cuidar do ambiente em que o animal vive, como manter ele livre de pulgas e  carrapatos ( ectoparasitas) e vermes ( endoparasiatas) para evitar um stress relacionado a sanidade. O ambiente deve atender às necessidades do animal respeitando suas particularidades. Esse é um dos principais fatores que podem causar depressão” Afirma o medico. 

Da mesma forma com que os pets dependem dos humanos para a recuperação, eles são um excelente remédio no combate a depressão para as pessoas. Como no caso da mãe da Thaís Rocha, a dona Deusenalda Rocha. Ela afirma que ajudou muito a sua mãe, na melhora do humor e sedentarismo.  “Minha mãe sempre foi uma pessoa muito ativa, sempre trabalhou fora. Quando adoeceu e aposentou, ficava muito agoniada de ficar em casa o dia todo, aí encontrei meu pet, o Miguel que com a chegada dele as coisas melhoraram, ela sai todos os dias de manhã e a tarde pra passear com ele. Isso ajudou muito tanto a minha mãe, como o Miguel, já que trabalho o dia todo”, comenta Thaís.

(Elysia Cardoso é estagiária do jornal O Hoje, sob orientação do editor Lucas de Godoi)