O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

domingo, 24 de novembro de 2024
PublicidadePublicidade
Segurança Pública

Deputados defendem rigor com presos na Unidade Prisional Especial de Planaltina

Detentos reivindicam flexibilização das normas da unidade, que segue o padrão dos presídios federais, como a proibição de visitas íntimas, por exemplo – Foto: Ruber Couto

Postado em 13 de novembro de 2019 por Leandro de Castro Oliveira
Morre
Ele participou da elaboração da Constituição Federal de 1988

Durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) desta quarta-feira (13/11), deputados estaduais se manifestaram contra a carta de reivindicações de detentos que foram transferidos para a Unidade Prisional Especial de Planaltina em 10 de setembro de 2019. 

O primeiro parlamentar a se manifestar, Paulo Trabalho (PSL) argumentou que os presos são de alta periculosidade, oriundos de facções criminosas, como Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital. “Eles estão muito contrariados porque perderam muitas das mordomias que tinham dentro dos presídios de origem”, e completou: “Eles não estão conseguindo mais comandar o tráfico e as organizações criminosas de dentro do presídio de segurança máxima”. 

Paulo Trabalho chama a atitude dos detentos de “vitimismo” e ressalta que recebem todo o tratamento humanizado indicado. “Esses presidiários têm quatros refeições por dia, banho de sol, roupa, produtos de higiene, são bancados pelo Estado e pela sociedade goiana, e estão reclamando que querem visita íntima?”, criticou.

Conforme as regras de segurança máxima federal, os detentos ficam em locais mais afastados da sociedade e são privados de receber visitas íntimas para que não consigam passar informações ou pedidos ou receber eventuais objetos. O deputado Humberto Teófilo referendou as palavras de Paulo Trabalho e reiterou a motivação dos detentos em pedir a flexibilização das normas.

“Na verdade, querem mordomias, aparelhos celulares, visitas íntimas, tudo para continuar dominando o crime aqui do lado de fora”, afirmou. Além de cumprir a pena, o parlamentar defende que os criminosos prestem serviços à sociedade. “Preso tem que trabalhar, ressarcir o Estado e as vítimas do crime, dos efeitos do crime que cometeu”, concluiu.

Também na tribuna, o Delegado Eduardo Prado (PV) relembrou que representou a Alego durante a solenidade de inauguração do Presídio de Planaltina, que ocorreu em 2 de setembro de 2019 e contou com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, além de outras autoridades de Goiás. Segundo o deputado, os presos costumam reagir negativamente aos cortes de regalias.

“Quando se corta qualquer tipo de vantagem para a criminalidade, a reação é de forma imediata. Por essa razão estão tentando fazer motim, arquitetando rebeliões, falando em relação à visita íntima, que não é prevista na Legislação”, garantiu. Eduardo Prado ainda destacou que foram transferidos para Planaltina cerca de 200 presos e que entre eles estão, além de comandantes de facções criminosas, estupradores, assaltantes de bancos, inclusive presos que praticavam o chamado Novo Cangaço.

 

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também