Polícia Civil indicia dois médicos pela morte de jovem estuprada em UTI
Corporação concluiu que profissionais foram negligentes com a paciente e que estupro contribuiu para a morte| Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Eduardo Marques*
A Polícia Civil (PC) indiciou dois médicos pela morte da estudante Susy Nogueira, de 21 anos, após ela ser estuprada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Goiânia Leste, na capital. Por outro lado, a OGTI, empresa responsável pela UTI do Hospital Goiânia Leste, esclareceu por meio de nota que “não há na investigação qualquer evidência de que conduta de seus médicos tenha provocado, direta ou indiretamente, a lamentável morte da Paciente Suzy”. Os nomes dos indiciados não foram divulgados até a última atualização desta reportagem.
Também de acordo com o comunicado, a empresa disse que “tem convicção que seu corpo clínico realizou todos os procedimentos possíveis e da maneira adequada no tratamento da paciente e aguarda a manifestação do Ministério Público, que certamente ratificará as conclusões técnicas do IML e solicitará o arquivamento do Inquérito Policial”.
Ao G1, o delegado responsável pelo caso, Washington da Conceição, disse que foram ouvidas mais de 60 pessoas para a conclusão do inquérito. Ele informou que todos os elementos apontam para a responsabilidade desses médicos, que respondem agora por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, agregado dos elementos de negligência, imprudência e imperícia.
O investigador também apontou que o técnico em enfermagem denunciado por estuprar a jovem enquanto ela estava internada na UTI é parcialmente responsável pela morte dela também.
Relembre o caso
A estudante de arquitetura foi internada na unidade de saúde após ter uma convulsão, em 16 de maio. No dia seguinte à internação, ela foi entubada e levada à UTI.
Imagens de câmeras de segurança mostraram que ela foi vítima de abuso enquanto estava hospitalizada, no dia 17. Ela morreu no dia 26 de maio.
O técnico em enfermagem Ildson Custódio Bastos se entregou à Polícia Civil por ser suspeito do crime, está preso, mas sempre negou ter cometido os abusos contra Susy. Ele é réu no processo que trata do estupro.
*Com informações do G1